segunda-feira, 31 de maio de 2010

DOCUMENTOS PARA O REGISTRO DA CANDIDATURA

a. Fornecer número de telefone, fax, e-mail e endereço que possa ser encontrado facilmente;

b. Autorização do candidato;

c. Título de eleitor;

d. Nome completo;

e. RG ;

f. CPF;

g. Comprovante de escolaridade ou declaração de próprio punho assinada;

h. Fotografia recente do candidato, em preto e branco, 5x7 cm, papel fosco ou brilhante, cor de fundo branca, sem adornos (brincos, chapéu, etc.), traje social;

i. Prova de desincompatibilização, quando for o caso (servidor/agente público).

j. Certidões:



CERTIDÃO DE CRIMES ELEITORAIS - http://www.tse.gov.br/internet/servicos_eleitor/crimes.htm

CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL - http://www.tse.gov.br/internet/servicos_eleitor/quitacao.htm

CERTIDÃO DA JUSTIÇA FEDERAL (1º e 2º graus) PARA FINS ELEITORAIS - http://www.jfsp.jus.br/certidoes-emissaoonline/

CERTIDÃO NEGATIVA CRIMINAL DO DISTRITO FEDERAL - http://www.trf1.jus.br/servicos/certidao/?orgao=DF (caso de Deputados Federais candidatos a reeleição)

CERTIDÃO NEGATIVA DO DISTRIBUIDOR CRIMINAL ESTADUAL (1º E 2º GRAUS) PARA FINS ELEITORAIS – exclusivamente no fórum criminal da circunscrição (Município) do candidato. É gratuita, mas normalmente não fica pronta no mesmo dia.

CERTIDÃO DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA – diretamente solicitada no Cartório Eleitoral em que for registrado o candidato, sem pagamento de taxa.

sábado, 29 de maio de 2010

POSSE DA SECRETARIA MUNICIPAL DO PV MULHER DA CHAPADA DOS GUIMARÃES


No dia 27 de maio de 2010, às 20 horas, realizamos na residência do casal Odette Tréchaud e Portela uma reunião para empossar as mulheres da SECRETÁRIA MUNICIPAL DO PARTIDO VERDE MULHER DE CHAPADA DOS GUIMARÃES. Estiveram presentes  a Presidente   Estadual e membra da executiva Dr ª Valquíria Carvalho Azevedo e a senhora Nilza Martins Santos, membra da Executiva Estadual / Secretaria de Comunicaçãorepresentando a Secretaria Estadual do PV Mulher. Também estiveram presentes no evento  o Presidente Municipal do PV de Chapada dos Guimarães Argeu Ortiz Kerber, a vereadora Rosa, a Senhora Eda Taques, o Professor Ernesto Oliveira, o Senhor Luiz e alguns membros do PV local.

Marina Silva diz que eleição não será na base do plebiscito

Silvia Amorim, enviada especial


CAMPINAS (SP) - Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou neste sábado o debate polarizado entre os adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Segundo ela, sua posição nas sondagens deve ser respeitada. Na última pesquisa Datafolha, Marina aparece com 12% das intenções de voto, contra 37% tanto para Dilma como para Serra.

- Eu não sei quem comprou essa tese (da polarização), porque a campanha nem começou. Tem dois candidatos empatados e um terceiro com 12%. Se nem começamos e estamos assim, significa que quando a sociedade entrar para valer no jogo, não só vai desempatar como vai acabar com a polarização. Essa eleição não será na base de plebiscito - disse ela, que tratou com ironia a questão.
- A sociedade já aprendeu com os movimentos de defesa do consumidor a não comprar qualquer coisa.
Numa coletiva à imprensa, após corpo-a-corpo pelas ruas de Campinas, Marina disse que os candidatos devem fazer campanha nesse período, e mandou um recado velado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo sem citá-lo, a pré-candidata disse que pessoas em lugar de destaque devem dar o exemplo.
- Não tem como os candidatos ficarem em casa até julho. Para mim, o que é mais importante é a gente ser capaz de dar o exemplo. Quanto mais posição de destaque, mais cuidado tem que ter - disse ela.
Perguntada se teme clima acirrado na campanha, reagiu com bom humor:
- Estamos fazendo um esforço muito grande com a comunidade planetária para evitar o aquecimento global. Não seria diferente em relação ao desnecessário aquecimento dos ânimos políticos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Marina Silva recorre a testemunho de vida para ilustrar projetos na área da saúde pública

Senadora comprometeu-se em encaminhar a regulamentação da Emenda 29
 Roberto Carlos Dias
roberto.dias@pioneiro.com                                                                               
                                                                                                                          



A presidenciável Mariana Silva (PV) fechou a rodada de exposição de ideias e projetos para a área da saúde pública nesta sexta-feira, em Gramado, na Serra gaúcha. O frio de 14ºC motivou comentário da pré-candidata sobre o clima, dizendo que era bem diferente do seu Estado, o Acre.
                                                                                                      Foto:Porthus Junior


                                 
Entretanto, bastou a organização do 26º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e do 7º Congresso Brasileiro de Saúde, Cultura de Paz e Não Violência abrir o espaço para a ex-ministra do Meio Ambiente quebrar o gelo e discorrer com segurança sobre o que pensa para financiar o SUS, priorizando a atenção básica.
Na sua explanação, Marina não deixou de alfinetar seus adversários, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que expuseram suas ideias no mesmo espaço, quinta-feira.
Para iniciar o assunto SUS, Marina recorreu ao testemunho pessoal, de quem usou o sistema público e tem familiares que o utilizam. Por isso, falou da necessidade dos fortalecimentos do Programa Saúde da Família (PSF) e do médico generalista.
— Se tem uma coisa que a gente tinha de concorrer menos é com voto, e se comprometer mais com a saúde brasileira. Com 14 anos, tive a minha primeira hepatite, fui medicada pelo “guarda” (aspas a pedido da pré-candidata) da malária, que passava pelo menos uma vez por ano. Eu estava com hepatite, e ele me medicou para a malária e quase fui a óbito — relatou a senadora.
Em seguida, prosseguiu com a história da vida:

— Quando fui para a cidade, aos 16 anos, porque queria estudar e ser freira, fui atendida como indigente. Os índios e seringueiros iam para a fila dos indigentes.
Após o depoimento pessoal, Marina adentrou com propriedade nos temas que permeiam o congresso em Gramado, que se encerra nesta sexta-feira com a retirada de uma pauta de reivindicações, a ser encaminhada a todos os pré-candidatos. Como Serra e Dilma, a senadora disse que não tinha como não chancelar o compromisso de regulamentar a Emenda 29, mas não deixou de criticar os adversários.
— Esse momento de eleição parece mágico. O Brasil vivenciou 16 anos de experiência com o sociólogo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o operário (Luiz Inácio Lula da Silva, do PT) e não foi regulamentado. Agora, todos mostram disposição e boa vontade, mas o presidente não pode prometer que vai regulamnentar, porque não é uma atribuição que cabe a ele, e sim ao Congresso. O presidente pode, sim, mobilizar as bases para aprovar — pontuou.
Marina classifica a promessa de regulamentação da Emenda 29 como uma manobra regulatória.
— Os municípios, pela Emenda, tinham de investir percentuais em torno de 15% e estão investindo uma média de 22%, e a gente não vê ninguém processando os municípios porque a Emenda ainda não está regulamentada. Faltam a União e os Estados assumirem a sua parte _ disparou.
Marina foi aplaudida de pé pela plateia e ouviu declarações de votos espontâneas, de pessoas dizendo que estavam em dúvida, mas não mais as tinham depois de escutá-la.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Debate mais aberto ajuda o eleitor

Pode ser que a subida da candidata Dilma Rousseff nas pesquisas, confirmada pela última sondagem do Datafolha, e o virtual empate em 37% com o candidato tucano tenham feito José Serra mudar de tática, partir para propostas de real tom oposicionista, abandonando o discurso de continuador da obra de Lula, apenas de forma mais competente. O tom adotado pelo ex-governador de São Paulo na apresentação feita, ao lado de Dilma e Marina Silva, sem debate direto, num encontro promovido em Brasília pela CNI, chama a atenção para a possibilidade da mudança de rumo na campanha tucana. Se ocorrer de fato, ganhará o eleitor.

As promessas, ou defesas de medidas e de políticas feitas pelos três candidatos, abrangeram questões conhecidas e de indiscutível relevância: impostos, gastos públicos, investimentos. É verdade que muito do prometido poderia ter sido executado pelos governos dos quais participaram Serra, Dilma e Marina, todos ministros nas respectivas encarnações governamentais.
Um caso emblemático é o da sempre prometida e nunca realizada reforma de um sistema tributário perverso com o empreendedor, incentivador da evasão por ser bastante oneroso, ingrato para as exportações, e ainda intrincado, confuso, burocratizante.
Na gestão FH, em que Serra foi ministro do Planejamento e, posteriormente, da Saúde, a bandeira foi levantada, porém sem grande empenho do Planalto de então. O mesmo ocorreu na Era Lula, em que Dilma Rousseff ocupou o cargo de ministra de Minas e Energia, antes de assumir a Casa Civil, e Marina Silva tocou a Pasta do Meio Ambiente. Nada também foi feito, tudo ficou, como sempre, na formulação de propostas pela área técnica, sem despertar forte vontade política para executar a reforma.
Se o principal candidato de oposição for efetivamente crítico, ajudará os demais a se posicionar de forma clara diante de temas sérios: como reativar para valer os investimentos públicos na cada vez mais erodida infraestrutura do país; o que fazer para dar eficiência gerencial ao Estado; o manejo da crise fiscal que se desenha como uma possibilidade; e como proteger o país numa conjuntura mundial que pode voltar a se deteriorar.
O esquentamento saudável da campanha poderá coincidir com uma deterioração na Europa, com inexoráveis repercussões em todo o mundo. Por estar em jogo a solvência de países de algum peso, portanto com reflexos no sistema financeiro, há a tendência de haver, como no final de 2008 e início de 2009, um "efeito manada" na fuga de capitais em busca de aplicações mais seguras (títulos do Tesouro americano). A retração dos investimentos europeus no Brasil no primeiro quadrimestre realça os sinais de alerta sobre as contas externas do país. O ponto é, se houver uma nova retração mundial, a margem de manobra fiscal brasileira para se contrapor às forças recessivas é mínima em comparação com 2008/9. Cabe aos candidatos explorar o tema.
O tucanato teria percebido o perigo na continuação do mantra do "tudo vai bem, mas pode ir melhor". Se vai bem, por que trocar? Se se opõem ao governo, Serra e Marina precisam dizer por quê. E, com detalhes, o que e como fariam melhor. O eleitor que julgue.

Fonte: O GLOBO

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Marina e Aécio como modelos de liderança

Por Lauro Jardim
Surpreendente uma recente pesquisa da CIA de Talentos com 35 000 jovens de Argentina, Brasil e México para avaliar a capacidade de liderança de políticos brasileiros. Lula aparece no topo da lista. Até aí tudo bem, o resultado é previsível para um presidente que não para de bater recordes de popularidade. A surpresa mesmo é o resto do ranking.


Marina Silva e Aécio Neves ficaram em segundo e terceiro lugar respectivamente. Bem mais badalados na campanha presidencial, José Serra alcançou apenas a quinta posição (atrás ainda de José Alencar) e Dilma Rousseff ficou em um longínquo nono lugar.

Fonte: Veja.com

Candidatos serão obrigados a registrarem propostas de campanha

Ascom Dep. Otavio Leite


O Tribunal Superior Eleitoral, atendendo sugestão do deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ), decidiu dar publicidade às propostas de campanha dos candidatos aos cargos majoritários. A novidade foi publicada no Diário Oficial do Judiciário desta quinta-feira (04/3).


A partir desta eleição, os candidatos a presidente da República e a governador de estado ou do Distrito Federal deverão entregar suas propostas na forma impressa e digitalizada. Essa documentação ficará disponível no Sistema de Divulgação de Candidaturas, na página do TSE na internet, facilitando a consulta do eleitor aos projetos de governo desses candidatos.

A nova lei eleitoral (nº 12.034/09) incorpora emenda do deputado, obrigando os candidatos a registrarem suas propostas na Justiça Eleitoral. A intenção é exigir mais coerência entre as promessas de campanha e as realizações no exercício do mandato.

“Esta regra é um antídoto contra a demagogia. A partir desta eleição, os candidatos terão que registrar suas plataformas de governo e, desta maneira, deverão trabalhar os seus discursos com mais responsabilidade”, afirma o líder da Minoria no Congresso.

LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997.

Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições.

§ 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:

I - cópia da ata a que se refere o art. 8º;
II - autorização do candidato, por escrito;
III - prova de filiação partidária;
IV - declaração de bens, assinada pelo candidato;
V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo previsto no art. 9º;
VI - certidão de quitação eleitoral;
VII - certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual;
VIII - fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59.
IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da República. (Incluído pela emenda Otavio Leite à Lei nº 12.034, de 2009)

Com discurso da ética, Marina empolga plateia

A nata do PIB brasileiro gostou de ouvir a pré-candidata petista Dilma Rousseff prometer que vai manter o que deu certo no governo do qual fez parte. Os empresários elogiaram o que chamaram de consistência e conteúdo do tucano José Serra ao falar de soluções para o diagnóstico apresentado pela agenda da CNI. Mas foi Marina Silva, que se confessou tímida ao falar para tal público, que derreteu o coração de nove entre dez dos maiores empresários do país. Os que a princípio sentiram certo enfado com o discurso do desenvolvimento sustentável começaram a se empolgar com o que chamaram de discurso da ética da candidata, que tem 12% nas pesquisas. O sentimento geral foi que os três pré-candidatos falaram superficialmente e não apresentaram propostas concretas. A única promessa de todos que já integraram os governos desde 1995 foi fazer a reforma tributária.

Fonte: Jornal Extra Alagoas

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dilma, Serra e Marina participam de evento na CNI

Catarina Alencastro

BRASÍLIA - Os pré-candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), e Marina Silva (PV), assistem neste momento palestras de empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após as exposições, os presidenciáveis vão falar por 25 minutos cada e depois responderão perguntas dos empresários. Foi feito um sorteio e a ordem de exposição dos pré-candidatos será a seguinte: Dilma falará primeiro, em seguida Serra e a Marina Silva fechará a participação no debate da CNI. Este é o terceiro encontro neste mês que reúne os presidenciáveis para discutir temas das eleições 2010.


André Gerdau Johannpeter, diretor presidente do Grupo Gerdau, destacou que valorização do real reduz a competitividade dos produtos brasileiros. Ele também ressaltou que o Brasil está na "indesejável liderança " dos países que mais tem encargos trabalhistas.
Mas cedo, o presidente da CNI, Armando Monteiro, disse que o Brasil pode ter um crescimento de renda per capita de 4,5% ao ano, mas que isso exigirá liderança do próximo presidente. Ele também defendeu que o Brasil de prepare para uma economia de baixo carbono, uma das bandeiras da candidata verde Marina Silva. Entre os desafios dos próximos governantes, Monteiro enumerou os seguintes temas: segurança jurídica, infraestrutura , educação , comércio exterior, inovação , meio ambiente e redução da burocracia.
Durante as apresentações os pré-candidatos têm anotado os dados apresentados pelos empresários.
Fonte: O GLOBO

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Marina Silva: errei ao votar contra Real e LRF

NA CBN

Por Míriam Leitão

Eu conversei hoje, na CBN, com a pré-candidata Marina Silva, do PV. Leiam abaixo a entrevista na íntegra:
Senadora, a senhora tem dito que é preciso consolidar os avanços dos últimos 16 anos na economia. Mas no governo Fernando Henrique, como todo o PT, a senhora fez oposição a tudo o que nos garantiu a estabilidade da moeda. Por exemplo, a senhora votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Eu quero saber se a senhora se arrepende daqueles votos e, se sim, porque nunca fez autocrítica?

Marina Silva - Eu fiz, Míriam, eu já fiz. E não foi que foi tudo o que o governo fez em relação à questão econômica. Eu acho que a contribuição da CPMF naquela época foi uma grande contribuição para que o governo pudesse ter maior receita para enfrentar os problemas de saúde. E eu, juntamente com o senador Suplicy, fomos dos poucos que votamos favoráveis - e junto com Eduardo Jorge também, fazendo justiça - à questão da CPMF, em que pese a orientação do Partido dos Trabalhadores contrária à votação. No que você falou da responsabilidade fiscal, eu votei contrário, seguindo a orientação do partido, mas hoje, eu reconheço que foi uma coisa acertada. Eu acho até que você pode ter um pensamento num determinado momento, agora, você não pode permanecer com o mesmo pensamento só porque você quer manter aquela posição, quando a realidade já te mostra que você estava equivocada. Eu, em várias oportunidades, reconheci, sim, que foi correta a reforma que foi feita, o ajuste fiscal da parte do governo federal. Obviamente, que eu não tinha a audiência que eu estou tendo agora, mas a minha experiência no Ministério do Meio Ambiente já me mostrou isso e eu reconheci isso, inclusive quando dialogava com os prefeitos, com aqueles que iam até o ministério. Eu sempre fazia esse reconhecimento.

E com relação ao Plano Real. A senhora foi contra ou a favor?
Marina Silva - Olha, com relação ao plano real, eu tinha uma visão contrária, na época. Inclusive nós, equivocadamente, quando fizemos a campanha do presidente Lula, que ele ganhou, foi tudo em cima de combate ao Plano Real. E isso foi uma aprendizagem muito grande para mim, Míriam, porque eu aprendi que nós não podemos deixar de reconhecer as coisas só depois que os governos passam. Essa aprendizagem eu fiz. E já no Senado, mas aí muito na minha área, por exemplo, se você fala da questão econômica, naquela época, quem acompanhava esse assunto era Suplicy, outras pessoas. Eu me dedicava à questão de educação, de saúde, de direitos humanos e meio ambiente. E eu me lembro que quando foi para o presidente Fernando Henrique ir para Johannesburgo, com relação à política ambiental, nós tínhamos que ratificar em poucos meses o protocolo de Kyoto. E havia uma orientação na minha bancada de que não deveríamos votar para que o governo ficasse lá constrangido sem ter ratificado o protocolo. Eu e o senador Lúcio Alcântara trabalhamos muito fortemente para ratificar o protocolo e as pessoas diziam: "Marina, isso vai dar, enfim, luzes para o Fernando Henrique". Eu dizia: eu estou preocupada é com o planeta, é com o meio ambiente e eu quero que o governo brasileiro esteja lá comprometido. Quando o Fernando Henrique fez a medida provisória que ampliou reserva legal de 50% para 80%, não tinha um cristão na base do governo que defendesse a posição do governo, quem defendia era eu. E eu ia para as audiências públicas. Fui uma vez para uma audiência pública lá no estado de Rondônia, dentro de um lugar que fazia rodeios, cheio de pessoas me vaiando. Um jogava espora, outro jogava bota em cima de mim. E eu era a única pessoa que tinha coragem de defender a posição do governo. Então, naquilo que eu acompanhava no mérito, que era correto, que era bom para o Brasil, eu nunca me neguei a apoiar e é só verificar a votação. Mas hoje, você falou isso, e eu digo autocriticamente que foi um erro não termos avaliado que havia um ganho com o Plano Real, ganho que o presidente Lula manteve, inclusive com a Carta aos Brasileiros, só que tem dificuldade de reconhecer isso. Eu acho que a gente não pode reescrever a história. A história está aí para nos ensinar. Eu sempre brinco: se a gente não é sábio para aprender com os erros dos outros que, pelo menos, a gente não pode cometer a estupidez de não aprender com os nossos próprios erros.
Que garantia a gente pode ter que a senhora não vai mudar de ideia de novo? A senhora mudou tão radicalmente em relação a esses dois pontos, o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Marina Silva - Olhe, Míriam, eu acho que mudar de ideia é sempre uma virtude. Eu sempre vi pessoas que não tinham nenhuma identificação com o meio ambiente, por exemplo, e de repente, essas pessoas discutindo, debatendo, foram aprendendo e hoje são completamente aliadas na questão ambiental. É mudar de ideia do lado positivo. Isso a gente só sabe olhando para o caráter das pessoas. Eu, quando vejo alguém que faz um discurso, como faz, às vezes, o governador Blairo Maggi, dizendo que hoje ele é a favor do meio, ambiente, eu sei e eu fico com o pé atrás, né, até porque ele acaba de sofrer uma nova operação, você viu que até o secretário me parece que foi preso. Agora, quando eu vejo pessoas como você, que hoje é uma grande aliada da questão ambiental, defendendo o meio ambiente, eu tenho a absoluta certeza que você mudou de ideia por convicção e porque você, hoje, dá uma grande contribuição para o Brasil naquilo que concerne juntar meio ambiente e economia numa mesma equação. Eu acho que assim como eu respeito e confio no seu caráter, a sociedade brasileira, nesses 30 anos de vida pública, aprendeu a respeitar o meu e saber que, quando mudo de opinião, não é a sabor dos ventos, é por convicção.

Ouça aqui o comentário na CBN

domingo, 23 de maio de 2010

05 DE JUNHO- Dia Mundial do Meio Ambiente


Por Lucélio Costa


Um dia que merecia ser de reflexão e ações concretas, e não apenas marcado por diversos eventos feitos somente para as mídias por todo mundo. Dia que podíamos meter as mãos literalmente no lixo, na poluição e nas áreas degradadas recuperando-as e dando lições de civilidade. Traçar estratégias para vivermos de maneira mais sustentável. Ações essas que nos faria aliviar um pouco mais as cargas das destruições que semeamos.
Seja pela falta de planejamento, pela burocracia, pelos confrontos políticos partidários, pela omissão, corrupção ou simplesmente por vaidades pessoais, a grande verdade é que a humanidade desperdiça força e tempo que poderiam atenuar os problemas ambientais.
Recentemente a cúpula dos grandes governantes do planeta e as mais altas autoridades ambientais se reuniram em Copenhagen, e muito foram discutidos sobre o aquecimento global, seus efeitos e suas causas. Entre palestras, conferências, workshops todos debruçaram sobre os mais variados temas expondo a real situação, porém, concretamente nada mudou. Os problemas continuam, as catástrofes se apresentam comumente por toda parte da terra. O que se vê, é que estes tipos de reuniões pouco ou quase nada se colocam em prática, assinam-se grandes tratados convencionais que terão que ser reafirmados em outros mega eventos futuros. Enquanto isso, o planeta fica cada vez mais poluído, o petróleo se espalha nos oceanos, as florestas são desmatadas, água vira artigo de luxo, as grandes catástrofes aparecem com mais freqüência, as vendas de automóveis triplicam, e o mais agravante, a população mundial cresce. Hoje somos  seis bilhões de habitantes, até 2050 poderemos chegar 18 bilhões.
As ações discursivas, dos agentes envolvidos nestas questões em suas eternas convenções, têm deixado muito a desejar no que se refere à multiplicidade de fatores envolvidos, é necessário mais ativismo. Sair da dialética e passar para a ação propriamente dita. Considerando-se, que estas convenções se dão aproximadamente 10 em 10 anos, nossas chances de conseguirmos depurar a poluição do planeta terra são na realidade bem pequenas. Enfim, o tempo urge e nada se faz de concreto. Mas até quando? Em relação ao meio ambiente, não dá para se dizer: "Pequenas ações sim, e que todos nós realizaremos em casa, podem colaborar para amenizar os problemas, como não desperdiçar água, coleta seletiva do lixo... blá blá coisas que todos estão cansados de ouvir, mas não colocam em prática.
Só a partir disso é possível integrar uma luta para a solução dos grandes problemas ecológicos do planeta. Então aproveitem que o dia 5 de junho cai num sábado. Dia que poucos têm compromissos profissionais, e meta a mão na massa, limpe a tua casa com primor, retire o que você não usa mais e doe para quem precisa. Conserte vazamentos, vá ao supermercado ou feira e leve a sacola de pano, utilize os jornais como forração para os cestos de lixo ao invés de sacolas de plásticas, lave as roupas e reutilize a água parar lavar calçadas ou jogar no vaso sanitário. Faça coleta seletiva do lixo, plante uma árvore no seu quintal ou na sua calçada, varra tua calçada ou quem sabe convide os vizinhos e limpem a praça do teu bairro. Tenho certeza, que no final do dia 5 no mínimo teremos menos lixos espalhados, assuma responsabilidades diante de si mesmo e do planeta. Não espere pelos governantes, faça a mudança na sua atitude como indivíduo, seja um cidadão sustentável, de forma a tentar reverter ou ao menos deter o processo".

CALENDÁRIO ELEITORAL 2010


Confira o calendário eleitoral de 2010

O Tribunal Superior Eleitoral já se prepara para a briga do ano que vem. As principais datas do calendário das eleições 2010 foram divulgadas pelo TSE:

3 de outubro de 2009

Data final para os candidatos se filiarem e registrarem domicílio eleitoral onde pretendem concorrer


18 de dezembro de 2009

Datas para os TREs designarem juízes auxiliares

1º de janeiro de 2010

A partir dessa data os governos estaduais, municipais e federal não podem fmais distribuir benefícios avulso, exceto em programas já existentes e em situação de calamidade. A data também marca o início do registro dos institutos de pesquisa.

5 de março de 2010
O TSE informa as regras gerais das eleições 2010

3 de abril de 2010

Partidos políticos podem enviar técnicos para avaliar urnas eletrônicas

6 de abril de 2010
A partir dessa data o governo não pode anunciar nenhum benefício novo a servidores públicos.

5 de maio de 2010

Último dia para o eleitor transferir o título

10 de junho de 2010

Início das convenções dos partidos e indicação dos candidatos para o programa eleitoral gratuito.
11 de junho de 2010
Último dia para a divulgação dos limites de campanha.

30 de junho de 2010
Fim das convenções partidárias

1º de julho de 2010
 partir dessa data não será permitida propaganda política paga no rádio e televisão

3 de julho de 2010
Os governantes, a partir dessa data, não podem nomear ou demitir servidor sem justa causa e fazer propaganda de feitos institucionais

5 de julho de 2010
Data limite para o registro de candidatos e para os tribunais divulgarem relação dos políticos que tiveram contas rejeitadas.

6 de julho de 2010
Começa a propanda eleitoral

7 de julho de 2010
Último dia para os candidatos que não tiveram seus registros feitos pelos partidos encaminharem requerimento ao TSE

8 de julho de 2010

Partidos e TREs se reunem para elaborarem o plano de mídia, para utilização do horário eleitoral gratuito

19 de julho de 2010
Data limite para registro dos comitês financeiros

4 de agosto de 2010
Último dia para registro dos suplentes

6 de agosto de 2010
Os partidos devem discriminar as receitas de campanha

17 de agosto de 2010
Ínicio da propaganda eleitoral gratuita

25 de agosto de 2010
Todos os registros devem estar julgados pelo TSE, mesmo os impugnados

18 de setembro de 2010
Nenhum candidato, membro da mesa ou fiscal de partido poderá ser detido, salvo em flagrante.

1º de outubro de 2010

Último dia para a divulgação paga de propaganda em jornais impressos

2 de outubro de 2010
Último dia para propaganda com amplificadores de som, caminhadas e passeatas

3 de outubro de 2010
Dia das eleições primeiro turno

31 de outubro de 2010

Dia da eleição segundo turno

11 de novembro de 2010
Data limite para os tribunais eleitorais divulgarem o resultado das eleições

30 de novembro de 2010
Último dia para os candidatos limparem a sujeira da propaganda eleitoral e partidos encaminharem prestação de contas

17 de dezembro de 2010
Diplomação dos eleitos

sábado, 22 de maio de 2010

TSE cria Central do Eleitor

Brasília - Com o objetivo de melhorar o atendimento às demandas por esclarecimentos, sugestões e informações institucionais aos eleitores, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou na sessão plenária de quinta-feira (dia 20), a resolução que dispõe sobre a Central do Eleitor.
Unidade administrativa vinculada à Presidência do Tribunal, a Central do Eleitor será um canal direto de comunicação entre o cidadão e a Justiça Eleitoral. O atendimento será efetivado por meio de formulário disponibilizado no sítio do TSE, na Internet, ligação telefônica em número a ser divulgado, carta, ou pessoalmente, cuja sala localiza-se no primeiro andar, em frente ao plenário do Tribunal.
A Central passa a ser responsável por prestar informações e esclarecimentos sobre os atos do Tribunal ou de sua responsabilidade; receber informações, sugestões, questionamentos, denúncias, críticas e elogios, e encaminhá-los às unidades competentes, mantendo o interessado informado sobre as providências adotadas; interagir com as unidades para a solução dos questionamentos recebidos; realizar, em parceria com as demais áreas e os tribunais regionais eleitorais, eventos destinados ao esclarecimento dos direitos do eleitor e ao incentivo à participação no processo eleitoral; dentre outras.
A servidora Marise Mesquita de Oliveira, Analista Judiciária do Tribunal desde 1995, foi designada para coordenar os trabalhos dessa nova unidade, juntamente com as servidoras Rosemary de Almeida e Vanda Guimarães.
A criação da Central do Eleitor, na visão das servidoras, tem por finalidade precípua agregar valor à instituição; respeitar direitos e legislação; utilizar as informações recebidas como instrumento de qualidade e melhoria da gestão, e implica, principalmente, o compromisso com valores éticos e com a formação de uma cultura de respeito aos eleitores, de modo a contribuir com a consolidação do processo democrático.
A orientação é que as demais áreas do Tribunal encaminhem à Central do Eleitor todas as demandas recebidas para que sejam tomadas as devidas providências. Importante registrar que a ação da Central do Eleitor se fará sem prejuízo das atribuições específicas das unidades componentes da estrutura organizacional do Tribunal.
Entretanto, não será atribuição da Central dar prosseguimento às denúncias que constituam crimes, reclamações, críticas e denúncias anônimas ou que envolvam ministros da Corte.
Para que a Central do Eleitor possa alcançar os objetivos para os quais foi criada, é fundamental a parceria com as unidades do TSE. Essas têm o dever de prestar informações e esclarecimentos às solicitações da Central e apoiar suas atividades.
Informações ao cidadão
Na sessão administrativa de hoje (20), o presidente do TSE salientou que a Central do Eleitor tem como objetivo melhorar o atendimento às demandas por esclarecimentos, sugestões e informações institucionais aos eleitores. Atualmente, conforme relatou o ministro, esse atendimento é feito por várias áreas do Tribunal o que acarreta um número maior de servidores envolvidos em tarefas que nem sempre correspondem às suas funções no dia-a-dia.
O ministro Ricardo Lewandowski citou alguns números que apontam a grande demanda da população por informações junto ao TSE. Por meio do Fale Conosco, um canal de comunicação já disponível no site do TSE, foram recebidas, somente no primeiro semestre de 2010, 2.600 mensagens. “Destas, apenas 110 eram dúvidas sobre o nosso site. As demais, reportavam-se a outras situações e parte dessas demandas não receberam um tratamento adequado”, disse o ministro, lembrando que cerca de 2.310 emails não puderam ser lidos em 2010, somando 7.680 mensagens que ficaram sem resposta desde agosto de 2007. “Portanto, temos uma demanda enorme por informações e sugestões”, ressaltou o presidente do TSE, reforçando a necessidade da criação da Central do Eleitor.
 “Costumo dizer que todos somos servidores e devemos prestar contas, inclusive ao contribuinte”, comentou o ministro Hamilton Carvalhido.
A ministra Carmen Lucia também elogiou a iniciativa de criação da Central do Eleitor. “É preciso que a Justiça ouça o jurisdicionado”, afirmou.


Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Marina compara sua campanha à de David contra Golias

ELIANA LIMA - Agência Estado


A pré-candidata do Partido Verde à Presidência da República, senadora Marina Silva, comparou a sua participação na corrida presidencial à luta de David contra Golias. Marina, que falou para um grupo de representantes dos segmentos empresarial e industrial, no início de noite desta sexta-feira, na Associação Comercial da Bahia, em Salvador, lembrou que o triunfo de Davi sobre o gigante Golias deveu-se ao fato de Davi ter sabido colocar a pedra no lugar certo. "No meu caso, não se trata de acertar a testa dos meus adversários, mas de colocar o foco no que interessa ao País", disse.
A senadora afirmou ter muito respeito pelos seus opositores políticos, além de ter consciência de que tanto o pré-candidato do PSDB, José Serra, quanto a do PT, Dilma Rousseff, contam com currículos maiores que o seu. Entretanto, destacou estar mais preocupada com o futuro do Brasil.
"O Brasil não precisa de gerentões, mas de lideranças políticas, porque, sem lideranças tudo vai por água abaixo. Nós podemos até criticar o FHC (o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso), mas ele conseguiu fazer o Plano Real, apesar de ser um sociólogo, porque foi um gerente e um homem de visão.
Momentos antes, na palestra, ela havia dito que o Brasil passou bem pela crise econômica devido ao sucesso do Plano Real. Ela prosseguiu dizendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu reduzir a pobreza porque, apesar de não ser um gerente, também é um homem de visão.
"Eu entrei nesse processo para fazer justiça, mas se, para ganhar determinado voto, eu tiver que deixar de ser justa, então, esse tipo de voto não me interessa. Eu quero entrar nesse debate para discutir o que interessa", afirmou.
Esta é a primeira vez que Marina visita a Bahia desde a confirmação da sua pré-candidatura. Amanhã, ela prestigiará o lançamento das pré-candidaturas de Luís Bassuma para o governo do Estado e de Edson Duarte para o Senado pelo PV.

Fonte: O ESTADÃO

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Marina Silva cumpre agenda cheia em visita a Salvador

Biaggio Talento l A TARDE


Na sua primeira visita à capital baiana desde que se tornou pré-candidata do Partido Verde à Presidência da República, a senadora Marina Silva tem uma agenda cheia a partir da manhã desta sexta-feira, 21, que mistura encontro com segmentos religiosos, empresariais e imprensa. Ela será a principal estrela na festa de lançamento da chapa majoritária do partido no Estado, na manhã deste sábado, 22.

O primeiro compromisso desta sexta, será uma visita pela manhã, ao cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo, na Cúria Metropolitana. Em seguida, ela concede entrevista coletiva à imprensa no Hotel Othon. No início da tarde, a senadora visita a sede do jornal A TARDE.
Candidaturas - Logo depois, Marina segue para a Associação Comercial da Bahia (ACB) quando faz palestra para os empresários baianos tratando de suas propostas de governo. No início da noite a agenda é encerrada com uma saudação às lideranças evangélicas na Câmara Municipal de Salvador.
No sábado, a senadora Marina Silva participará do lançamento das pré-candidaturas de Luís Bassuma para o governo do Estado e de Edson Duarte para o Senado pelo PV. O evento está marcado para o Hotel Othon.
Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta sexta-feira, 21, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.

Fonte: A Tarde online

20/05/2010 ENCONTRO DO MOVIMENTO MATO GROSSO MUITO MAIS MULHER

JUNTOS,VAMOS FAZER  MAIS E MELHOR.

Marina Silva critica "puxadinhos tributários" e defende reforma

Reuters/Brasil Online

BRASÍLIA (Reuters) - A pré-candidata do PV à Presidência da República, a senadora Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira que a criação de novos impostos deve ser realizada por meio da reforma tributária.

"Acho que não estamos mais no período de ficar fazendo puxadinhos tributários", disse Marina durante a Marcha em Defesa dos Municípios.
"A não aprovação (da reforma) não é por falta de apoio político. Questões mais difíceis e impopulares já foram aprovadas no Congresso Nacional. É falta de comprometimento ético e político", criticou.
Ela defendeu mais investimento na educação e se comprometeu com a regulamentação da emenda 29, que define quanto a União, os Estados e os municípios devem destinar para a área da saúde.
As declarações foram dadas em sabatina durante encontro nacional de prefeitos em Brasília, do qual também participam os pré-candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Marina também defendeu que temas polêmicos, como a divisão dos royalties do pré-sal, em discussão no Senado, não sejam influenciados pelo clima eleitoral.
"A minha posição é de que não se faça essa discussão agora, que se deixe para depois das eleições. Nas eleições, ela fica contaminada", disse.
Estagnada nas recentes pesquisas eleitorais em terceiro lugar, lembrou a luta de Davi contra Golias.
"Muita gente diz 'senadora, é uma luta de Davi contra Golias' e eu digo 'não tem nenhum problema, porque afinal de contas Davi ganhou do Golias' e isso já me deixa um pouco animada" disse.
(Reportagem de Bruno Peres; Edição de Carmen Munari)
Fonte: O GLOBO

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Senado aprova projeto ficha limpa por unanimidade

Projeto que tenta barrar candidato condenado teve 76 votos a favor.
Movimento que fez a proposta deseja que regra valha para esta eleição.

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília


O Senado aprovou nesta quarta-feira (19) o projeto ficha limpa, que impede a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada em processos ainda não concluídos. Foi mantido o texto aprovado na Câmara. O projeto teve 76 votos a favor, sem votos contrários e abstenções –o presidente do Senado não votou e quatro senadores não compareceram à sessão. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma emenda de redação foi acrescentada ao projeto, padronizando expressões no texto. Mesmo com a emenda, que acabou aprovada por 70 votos, também sem votos contrários e abstenções, o projeto não volta à Câmara, porque não altera o mérito, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que fez a proposta com o respaldo de mais de 1,6 milhão de assinaturas, acredita ser possível aplicar a nova regra já nas eleições deste ano, se Lula sancionar o projeto até 9 de junho.
saiba mais
Senador questiona TSE sobre validade de ‘ficha limpa’ em 2010 Juristas divergem sobre validade e constitucionalidade da 'ficha limpa' O texto aprovado na Câmara e mantido integralmente no Senado pelo relator Demóstenes Torres (DEM-GO) proíbe por oito anos a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada, mesmo que o trâmite do processo não tenha sido concluído no Judiciário. Esse tipo de decisão colegiada acontece, geralmente, na segunda instância ou no caso de pessoas com foro privilegiado.
 projeto prevê ainda a possibilidade de um recurso a um órgão colegiado superior para garantir a candidatura. Caso seja concedida a permissão para a candidatura, o processo contra o político ganharia prioridade para a tramitação.
















Plenário do Senado nesta quarta-feira (19) durante
discussão do projeto ficha limpa
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O texto que sai do Congresso é mais flexível do que o proposto pelo movimento. A ideia inicial era proibir a candidatura de todos os condenados em primeira instância. Atualmente, só políticos condenados em última instância, o chamado trânsito em julgado, são impedidos de disputar eleições.

A votação aconteceu de forma acelerada depois de um recuo do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Na semana passada, ele chegou a dizer que o Senado não decidiria o tema sob pressão. Nesta semana, ele mudou o discurso e defendeu a votação com urgência.
Jucá concordou até com uma manobra que permitiu ao projeto furar a fila de outros projetos.

Na negociação, o líder do governo conseguiu acertar com a oposição um calendário para a votação dos projetos do pré-sal no mês de junho.

Senado aprova projeto ficha limpa por unanimidade

Em entrevista, Marina Silva defende plebiscito sobre maconha e aborto

A pré-candidata do Partido Verde à Presidência da República, Marina Silva, defendeu nesta última segunda-feira a realização de plebiscitos sobre o status do aborto e da maconha. A afirmação foi feita durante uma sabatina no "Portal RBS". Ela disse que sua posição pessoal é contrária a legalização da interrupção da gravidez como método contraconceptivo e a liberalização da droga, mas se posicionou de forma favorável à uma discussão mais ampla na sociedade, por meio das democracias diretas.


Além disso, Marina afirmou que vai convocar num eventual governo verde uma Constituinte especial para as reformas do sistema tributário, da Previdência Social e da legislação trabalhista.

Na entrevista, a pré-candidata também falou sobre a principal plataforma de seu governo (a questão ambiental), sobre a política externa do atual governo e também a respeito de seus projetos para a área de saúde.
FONTE: SRZD
             Sidney Rezende

terça-feira, 18 de maio de 2010

Prefeitos sabatinam triunvirato

Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva ficarão à mercê dos questionamentos de 4 mil representantes municipais amanhã


Ivan Iunes

Representantes de 4 mil cidades darão início à 13ª Marcha dos Prefeitos hoje, de olho na sucessão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento, que dura até quinta, é promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e terá o seu ponto alto amanhã, quando os pré-candidatos Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) disputarão o apoio de prefeitos, vereadores e secretários municipais em debate promovido pela organização. A chance de explorar a capilaridade dos políticos municipais terá uma fatura prévia. Os principais concorrentes deverão responder sobre a criação de outro imposto e a regularização dos repasses para a saúde e, claro, a redistribuição dos royalties do pré-sal.


O conjunto de reivindicações tem como prioridade a regulamentação da Emenda 29 (1), que define a distribuição mínima de verbas para a saúde. O projeto foi aprovado pelo Senado, mas está engavetado desde 2008 na Câmara dos Deputados. De acordo com a CNM, a perda anual dos municípios na área de saúde tem sido superior a R$ 25 bilhões. “Não há interesse nem do governo nem da oposição. Partidos dos dois lados estão bloqueando a aprovação e, com isso, perpetuando essa injustiça. Enquanto isso, as pessoas morrem em cadeiras de rodas, em ambulâncias e ganham bebê no meio da rua porque não há leito, faltam recursos”, criticou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

A transferência de recursos para a saúde será o primeiro tema a ser debatido pelos pré-candidatos à Presidência amanhã. Embora critiquem o retorno da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), os candidatos admitem criar uma fonte de recursos para financiar a saúde. Durante entrevista à rádio CBN ontem, a petista Dilma Rousseff abriu uma brecha para compensar a perda de R$ 40 bilhões com a extinção da CMPF. “É impossível ter melhoria na saúde no Brasil sem fazer recomposição nas fontes”, disse.

José Serra desvia do assunto CPMF para não desagradar ao eleitorado. O tucano já foi questionado mais de uma vez sobre a recriação do imposto, mas sempre deixou a hipótese no ar. Durante evento em Minas Gerais, no início do mês, ele afirmou que o tema deveria ser discutido dentro do sistema tributário como um todo. Trocando em miúdos, Serra defendeu uma reforma no setor.

1 - Na gaveta da Câmara

Aprovada há 10 anos, a Emenda Constitucional 29 obriga estados e municípios a aplicarem 12% e 15%, respectivamente, da arrecadação de impostos em ações e serviços de saúde. Pelas regras, a União deveria investir o mesmo valor de 1999, acrescido de 5%, no mínimo, com correção pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) nos anos seguintes. A proposta, contudo, necessita de regulamentação, que está pendente no Congresso. O projeto complementar chegou a ser aprovado no Senado em 2007, mas estacionou na Câmara no ano seguinte por conta de um destaque. O ponto a ser debatido é a Contribuição Social da Saúde, uma espécie de substituta da CPMF. Como a criação do imposto gera controvérsia entre os parlamentares, a regulamentação da Emenda 29 continua engavetada.

Fonte: Correio Braziliense

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Conheça Guilherme Peirão Leal, o vice de Marina Silva





(Foto: Germano Luders)

Guilherme Peirão Leal, de 60 anos, é um dos três co-presidentes do Conselho de Administração e acionista da Natura. Formado em Administração de Empresas pela USP, trabalhou em instituições financeiras e na Fepasa e em 1979 passou a ser sócio da empresa Natura - na ocasião, uma pequena loja de cosméticos situada na rua Oscar Freire, em São Paulo.

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VEJA nas Eleições: Leal é confirmado como vice

REVISTAS ABRILMAIS INFORMAÇÕES

Em 2010, Guilherme Leal apareceu como a 463ª pessoa mais rica do mundo e a 13ª do Brasil na lista anual de bilionários da revista americana Forbes - uma fortuna estimada em 2,1 bilhões de dólares. À frente da Natura, uma das maiores empresas de venda direta de cosméticos do Brasil, Leal aplicou políticas de sustentabilidade em toda a linha de produtos utilizando ingredientes renováveis.
O candidato a vice na chapa de Marina Silva (PV) também é fundador e membro do conselho do Instituto Ethos - Empresas e Responsabilidade Social, além de integrante dos conselhos da WWF-Brasil e atual presidente do conselho do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Leal ajudou a estabelecer a ESCAS, uma escola para graduar líderes na criação e disseminação de modelos inovadores para a conservação da biodiversidade e sustentabilidade. Ajudou também a fundar o Instituto Arapyau, uma organização que tem como objetivo a educação e desenvolvimento sustentável.

Fonte: VEJA .com

Fantástico faz cobertura da pré-convenção no Rio

“Precisamos de um novo acordo social”

Postado em 17/05/2009 por Equipe Marina

Categoria(s): Geral

Pessoal, quero agradecer a Deus por estarmos aqui.


Estou muito feliz, mas preciso dizer muitas coisas: tenho que fazer o manejo sustentável da minha voz. Ainda estou um pouco rouca, por conta de um mal entendido, ocorrido há alguns dias.
Eduardo Rombauer, do grupo de militantes novos da civilização, que usa muito a internet, diz que a minha campanha tem que ser viral. Nós concordamos, inteiramente. Mas, não precisa ser viral na garganta! E os vírus me atacaram a garganta. Então, tenho que fazer o uso sustentável da minha voz.
A nominata é grande, porém, ainda insuficiente para nominar todas as pessoas responsáveis por esta festa, que não está acontecendo apenas aqui, mas, no coração do Brasil.
Vindo de lá para cá, quero cumprimentar meu companheiro Sérgio Xavier, nosso candidato ao governo de Pernambuco.
À amiga e irmã, que nos acalenta com sua voz, Adriana Calcanhoto. Obrigada por sua presença. Foi um presente lindo o que você me deu, um lindo colar xavante para que colocar em meu pescoço.
Quero cumprimentar o meu amigo e conselheiro, um ombro poético, que nem toda mulher pode ter, Thiago de Melo. Muito obrigado por esse ombro. No Ministério do Meio Ambiente, qualquer coisa que me fizessem, o Thiago me ligava e dizia: “Nega, quero que tu saibas que estou contigo!”.
Meu companheiro Gilberto Gil, cantor, poeta. O Gil fez um discurso em forma de poesia. Se estiver gravado, vocês vão ver que é mais poesia do que discurso. Muito obrigada, Gil, por estares aqui, comigo, com o mesmo coração, a mesma raça e graça.
 Quero cumprimentar meu professor, futuro governador do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira! Digo com orgulho e vaidade que o Fernando foi meu professor, me ensinando os rudimentos da ecologia, indiretamente. O bom professor é aquele que ensina, torna alguém um ampliador de conhecimento. E o ampliador do conhecimento forma outras pessoas! Ele ensinou a Chico Mendes, e o Chico me ensinou. Obrigado, Gabeira. Você vai ser o governador do Rio de Janeiro porque o Rio de Janeiro merece!
Quero cumprimentar, também, ao presidente Nacional do Partido Verde, o companheiro Penna, agradecendo pelo acolhimento que me tem sido dado pelo PV por toda essa família Verde.
Quero cumprimentar, também, minha companheira, a vereadora Aspásia Camargo, essa mulher a quem aprendi a admirar no Ministério do Meio Ambiente, uma mulher competente e comprometida com o Brasil e com o Rio de Janeiro.
Meu amigo e companheiro Ricardo Young, nosso candidato ao Senado por São Paulo. Se Deus quiser, vai ser o primeiro senador Verde do Estado de São Paulo, para receber das minhas mãos a faixa senatorial, se é que existe uma faixa senatorial.
Quero cumprimentar ao meu amigo e grande companheiro, Fábio Feldman, responsável por um dos sonhos que eu e Chico Mendes acalentávamos lá no Acre: que as populações tradicionais tivessem parte na Constituição Federal. Fábio, se Deus quiser, você vai ser governador de São Paulo.
Meu amigo, companheiro e irmão, Alfredo Sirkis, esse comandante polonês, com um coração de criança! Obrigada, por ser meu coordenador da pré-campanha. O Alfredo é emoção pura.
Quero cumprimentar, também, meu companheiro, o coordenador-adjunto da pré-campanha, que esteve comigo, foi meu braço direito e esquerdo (no Ministério do Meio Ambiente), meu centroavante, e não sei o que mais na linguagem futebolística, o João Paulo Capobianco.
Cumprimento meus parceiros de jornada. Não dá para nominar a todos, mas não poderia deixar de falar no professor Paulo Sandroni, da Fundação Getulio Vargas. Sei que posso te chamar de Sandroni, já tenho 52 anos, mas a reverencia me faz chamá-lo de professor. Tenho orgulho de tê-lo como coordenador do Programa de Governo do Partido Verde e do povo brasileiro.
Minha amiga Neca Setúbal, como carinhosamente aprendi a chamar esta amiga com o Guilherme, a Maria Cecília. Ela se dispôs a ser a coordenadora da parte de educação do Programa do PV. Foi uma coisa muito bonita porque descobri o trabalho que ela já faz a mais 30 anos, e que eu faço no socioambientalismo.
E por que esses trabalhos se encontram neste momento? Porque são trajetórias que se cruzam. Eu e Neca estamos fadadas, condenadas por nossas condições: a pobre menina pobre, filha dos excluídos entre os excluídos, seringueiros da Amazônia; e a Neca, uma pobre menina rica. Mas, ela é muito mais do que isso! Ela é uma rica educadora que se fez pela educação, como estou aqui porque entrei pela fresta da educação.
Olha o que acontece quando a gente aproveita as oportunidades! Do seringal à USP conseguimos desenvolver as nossas potencialidades!
Quero, também, cumprimentar a minha companheira, Regina Gonçalves, coordenadora do Programa de Mulheres do Partido Verde. O meu companheiro Marcos Barros. E, na pessoa do Marcos, cumprimento a todos que entraram no PV junto comigo. Quero cumprimentar meu companheiro Marco Antônio Mroz, presidente da nossa Fundação Verde Hebert Daniel, e muitos outros companheiros que não tenho como nominar, como Mauricio; Rogério, que turvou esses lindos olhos verdes ao ouvir a fala de Gil.
Bem, companheiros, sintam-se todos nominados. Mas não poderia deixar de nominar duas pessoas, que estão aqui representando, muito especialmente, a minha família: minhas duas filhas, Moara e Mayara. Podem se levantar, gostaria de ver vocês de pé, simbolizando as futuras gerações deste país! Obrigada, minhas queridas, por cuidarem de mim, para que, juntas, possamos cuidar do Brasil!
Trajetórias que se cruzam
Quero voltar ao meu amigo, companheiro e irmão, Guilherme Leal. Durante esse tempo todo, conversamos sobre a vice, mas há muito tempo temos trabalho e conversado sobre o Brasil.
Começamos a prestar a atenção um ao outro, no final na década de 90. Ele como empresário, com suas responsabilidades empresariais, sociais e ambientais. E está trazendo sua experiência, sua bagagem para esse projeto. Eu, como militante da luta socioambiental popular.
Como essas duas trajetórias se cruzam, se encontram, ainda que caminhando em direções diferentes, durante algum tempo, apenas do ponto de vista dos lugares em que estávamos? Cruzaram-se na vontade, nos propósitos.

Por isso, tenho muito orgulho, Guilherme, de ter você como vice-presidente na nossa chapa, no nosso projeto, neste movimento, simbolizando essa aliança, que chamo de núcleos vivos da sociedade. Você representa esses núcleos vivos, do empresariado àqueles que fazem a militância socioambiental. Dos que fazem a militância socioambiental àqueles que se dispõem a antecipar o futuro, mesmo quando o presente ainda diz não.
Muito obrigada por estarmos juntos nesse novo desafio!

O Guilherme faz política há muito tempo, mas, agora, está se dispondo a fazer política institucional.

Meus companheiros, tenho que conversar com vocês. Hoje, é um dia especial, o dia do lançamento da pré-candidatura, um ato em que a grande novidade, a grande conquista foi termos o vice dos nossos sonhos.
Mas, agora que temos a dupla, que estamos completos, com as duas pernas, a feminina e a masculina, a do social e a do ambiental, que se materializam num bom exemplo de ação empresarial, é preciso falar de propostas.

Um novo jeito de governar

Por que nós estamos fazendo esse ato de lançamento dessa pré-candidatura? Por que me dispus a esse desafio? Primeiro, por um jeito novo de governar. Depois, pela busca da sustentabilidade, palavra díficil.
Mas, professor Paulo Sandroni, da mesma forma, durante muito tempo, as pessoas falavam apenas em desenvolvimento. Depois, os economistas começaram a falar que o desenvolvimento tinha que ser sustentado. E a gente não entendia direito. Mas os não tão iniciados, depois, foram compreendendo que se não fosse sustentado não seria duradouro.
E estamos requalificando que não é sustentavel apenas baseado na sustentação econômica, mas sustentável baseado na sustentação econômica, social, ambiental, cultural, política e ética.

É por isso que estamos aqui!
Essa palavra parece trazer um certo estranhamento, mas podem aguardar que, em poucos anos, fará parte do cotidiano, do repertório das pessoas, tanto quanto passou a fazer o sustentado. O sustentado que, agora, precisa ser resignificado para sustentável. Estou aqui, também, para falar do que é essa sustentabilidade e como se materializa.

Um outro desafio, sem o qual não tem sentido o desenvolvimento: o desafio de igualdade de oportunidades para todas as pessoas. Todas as pessoas têm as mesmas capacidades, meus amigos, meus companheiros, irmãos. O que nos falta são oportunidades.
O ser humano, como insiste meu amigo (Gilberto) Gil, é um sujeito desejante, que deseja felicidade, tranquilidade, acolhimento. E, com as potencialidades desenvolvidas, fazer suas escolhas: ser artista, advogado, economista, desocupado, se for seu desejo. Mas, tem que ter a oportunidade no tempo certo, no período certo, com justiça social.
Sei o que significa isso. Como analfabeta até os 16 anos, a única fresta pela qual passei foi a da educação, por meio do Mobral. Essa história vocês já conhecem… Mas, indo para uma universidade pública, com bons professores _que quero homenagear na pessoa do meu querido professor Waldir Calixto, que me ensinou boa parte do pouco que sei em História, do pensamento econômico, enfim, história geral_, por essa fresta da Universidade Federal do Acre, estou aqui, nesta condição, ex-vereadora, ex-deputada, senadora e ex-ministra.
Isso foi a educação! Oportunidade para as potencialidades!

Do mesmo jeito do jovem que entrou na USP, filho de classe média, Guilherme Leal, que, com a boa educação da USP, uma universidade pública que desenvolve seus talentos, hoje, é um próspero empresário. Próspero economicamente, mas, também, do ponto de vista dos princípios e da ética. E é disto que estamos falando nesta tarde.

Intolerância com a corrupção
Que desafio temos pela frente? Temos o desafio de desenvolver políticas que sejam cidadãs, baseada em princípios e valores.

Às vezes, parece meio chato, meio udenista se dispor a falar em princípios e valores. Não vamos deixar banalizar, satanizar aquilo que para nós deveria ser sagrado, os valores éticos de uma gestão pública comprometida com a transparência, com a competência, com o uso correto dos recursos públicos, para que as oportunidades sejam multiplicadas em benefício da sociedade, em benefício das pessoas.
Queremos uma política baseada em princípios que nos levem a uma ação de intolerância com a corrupção. Queremos uma política que nos leve a uma forma, talvez, o melhor instrumento de combate à corrupção: o controle da sociedade.
Ainda, estamos aqui porque temos que falar da formação, daqueles a que me referi, para a sociedade que começa a se constituir ainda de forma difusa, ainda sem todos os seus contornos, mas, que, com certeza, não é mais a sociedade da modernidade. É a sociedade da pós-modernidade.

E como a gente prepara os jovens para esses novos desafios que se descortinam diante de nós? A gente prepara com a capacitação que queremos para o século 21, com a atenção que vá da primeira infância à universidade, com um esforço que nos faça consolidar uma educação criativa, uma educação capaz de formar o nosso jovem, ensinando matemática, física, língua portuguesa. Para que ele tenha uma boa base, mas, ao mesmo tempo, aprenda a aprender.
Essa sociedade vai exigir pessoas que sabem manejar o conhecimento e não petrificam o conhecimento. Essa é a formação que queremos para os nossos jovens, para nossas crianças.
Sustentabilidade urbana

Quero dizer que queremos também a qualidade de vida para as pessoas em todos os lugares. Queremos moradia digna para as pessoas que vivem na cidade. Queremos lazer para as pessoas que vivem na cidade.
Fiquei muito feliz quando ouvi o Gabeira dizer: “Só tem sentido se for para que, em Nova Iguaçu, a gente possa resolver o problema do saneamento básico”. O saneamento básico que ainda não chegou para esta região, Aspásia. Que possamos acabar com uma situação que não é aceitável: 48% não possuem esgoto sanitário ligado à rede de coleta. Há somente 1% de esgoto tratado.

É para isso que você é candidato ao governo do Rio de Janeiro, Gabeira.
Quando a gente fala em sustentabilidade urbana, as pessoas dizem: “E o que é a sustentabilidade na zona urbana, nas periferias das cidades?”. A sustentabilidade é não ter 60% das ruas sem pavimentação adequada, sem ciclovias, sem meios para as pessoas terem melhor mobilidade. É não ter ocupações que fazem com que, quando chovem, haja deslizamentos e as pessoas venham a morrer. Isso é sustentabilidade no concreto.
Mas, a qualidade de vida ainda diz respeito a uma questão importante: a segurança pública. Segurança pública para que as pessoas vejam nos policiais, nos agentes públicos pagos pelo Estado para proteger a vida, não uma contradição à vida, mas um valor em defesa da vida da população, em defesa da vida do próprio policial, em defesa da vida daquele que, por ser um contraventor, muitas vezes na marginalidade por várias razões, tem que ser interditado corretamente pelo Estado. Isso não significa que não tenha sua vida protegida.
Para isso, vamos precisar fazer uma reforma da segurança pública. Não é questão de ficarmos amontoando mais estruturas, estruturas sobre estruturas, quando a base, o fundamento não suporta essas estruturas. Uma reforma da segurança pública para que as pessoas possam viver com tranquilidade. É disto que se trata a sustentabilidade do ponto de vista da defesa da vida.
Como as pessoas vão para o trabalho? O Gabeira dizia, há pouco, que a maior parte usa o seu tempo de dormir e descansar tentando se locomover, se deslocar para o trabalho.
Como a gente pensa a cidade? Como a gente pensa o urbano para que as pessoas possam morar mais perto do trabalho? Ou o trabalho ser mais perto de onde as pessoas moram? Que o transporte público seja de qualidade, e a gente aprenda que há um grande valor posicional, como diz o professor Eduardo Giannetti, não sair com o carro todo dia, enchendo, entupindo as ruas, e, ao mesmo tempo, fumegando o planeta. É muito charmoso ir para o trabalho na sua bike, num bom ônibus, num bom transporte coletivo.
Isso é possibilitar qualidade de vida e sustentabilidade às cidades.

Conquistas do governo Lula
E queria colocar uma outra questão, a questão das políticas sociais. Há um preconceito muito grande, às vezes, em falar em políticas sociais. Tenho conversado com o economista Ricardo Paes de Barros, a quem tenho a honra de ter, com o professor Sandroni, a Neca e tantos outros, no Programa de Governo, que eu e Guilherme estamos junto com eles discutindo. E quero cumprimentar a todos da pessoa do Tasso (Azevedo).
Temos falado que os programas sociais vêm passando por uma evolução. Intuitivamente, falei que o velho sacolão, a cesta básica que o Luiz Gonzaga homenageava, dizendo: “Uma esmola a um homem que é são, lhe mata de vergonha ou destrói o cidadão!”. O sacolão e a cesta básica são muito parecidos com isso, com algo que mata de vergonha ou vicia o cidadão.
O presidente Lula chega e propõe o que chamo de programa social de segunda geração, diferente do sacolão, da cesta básica que colocava, dentro de uma cesta um pouco de óleo, leite, fubá, açúcar, sal e um feijão, que não cozinhava nunca.
E isso era levado para as pessoas em todas as regiões do país, sem olhar para a culinária daquela região. Era tudo homogeneizado, como se fossemos batata e saco de estopa. Não! Temos gostos diferentes, paladares diferentes!
A cesta básica era uma mistura de caridade do Estado com politicagem eleitoral da pior qualidade.

O presidente Lula chega, e, graças a sua capacidade política, percebe que não tinha como seguir esse caminho. E lança mão de contribuições acumuladas no Ipea, de pessoas como Ricardo Paes de Barros, Ana Maria Peliano e tantos outros, propõe o Programa de Transferência Direta de Renda.

O que é esse Programa de Transferência Direta de Renda? O programa não é assistencialismo, como querem dizer. É um programa que tem contrapartida, sim. Só se recebe o Bolsa Família desde que a criança esteja na escola, a mãe faça o exame da mama, o Papanicolau e outras contrapartidas simples, mas muito importantes.
Quando uma pessoa evita o câncer da mama, não só está protegendo a sua saúde, que é um direito, como está evitando milhões e milhões drenados do SUS. Quando uma mãe faz o exame do colo do útero é a mesma coisa. Quando a criança vai para a escola, estamos fazendo um investimento para que essa criança tenha uma inclusão positiva. É uma contrapartida para aquelas pessoas que se reverte em beneficio dela mesma e da sociedade.
E mais do que isso. Ao ter uma renda na mão da família, a pessoa compra o que necessita no mercado local. Já vi muitas comunidades agrícolas sendo aquecidas com o Bolsa Família. Quem não comprava feijão passou a comprar. Quem não comprava arroz, milho, rapadura passou a comprar.
Não foi à toa que, graças a essa renda, no Nordeste brasileiro, tivemos uma grande fonte ajudando a debelar a crise. Estou dizendo isso por justiça.
Guilherme e eu conversávamos outro dia, falando sobre nosso desafio. O nosso desafio, meus amigos, companheiros, é fazer uma campanha justa, uma campanha que não ache que, para ganhar voto, vale tudo, que vale lançar a melhor frase de efeito, sem se preocupar em estar sendo justa ou não, verdadeira ou não com a Dilma ou com o Serra ou com o Plínio. Não vamos fazer esse tipo de campanha!
Não precisamos fazer esse tipo de campanha. Isso não educa para uma sociedade sustentável do ponto de vista da ética, do ponto de vista dos valores. É muito fácil falar de valores, defender a democracia, mas, quando se é confrontado, na primeira oportunidade, tenta-se dar uma rasteira na democracia. É totalmente incoerente, como vimos fazerem com o Ciro Gomes. Interditaram a campanha do Ciro.
Quero dizer que estou fazendo esse reconhecimento pensando no que seriam esses programas sociais de segunda geração. E vou aproveitar para dizer: só é possível incluirmos 25 milhões de pessoas, que estavam abaixo da linha da pobreza, em razão do circulo virtuoso que temos nos últimos 16 anos, com o Plano Real.

Por que (Sérgio) Xavier? Com estabilidade econômica, com a diminuição da inflação, com o controle da inflação, com o superávit primário que nos ajudou a atravessar a crise, com um câmbio flutuante, que nos permitiu manejar essa situação de uma forma completamente diferente de outros países, como a Argentina, nós conseguimos uma base para fazer os investimentos que estamos fazendo hoje. Ainda são insuficientes, mas são investimentos feitos graças ao Plano Real.

Conquistas do governo FHC
Dei o crédito ao presidente Lula. Agora, vou dar ao presidente Fernando Henrique. O presidente Fernando Henrique não era um gerentão, era um homem de visão, como o Lula. E foi capaz, não sendo economista, de fazer o Plano Real.

Toda vez que digo isso, as pessoas dizem: “Mas, Marina, até entendo que você fale do Lula. Afinal, foram companheiros durante tantos anos. Vocês têm a mesma trajetória de partido, de luta social. Você foi sua ministra. Mas, o presidente Fernando Henrique? Por que você fala do Fernando Henrique, do Itamar Franco? Você pode perder voto por que nem o PSDB dá o crédito do Plano Real ao Fernando Henrique”.

Eu digo que não falo para ganhar voto. Falo para fazer justiça. Se para ganhar votos temos que deixar de ser justos, então, não quero ficar na fronteira do “ganhar voto”. Eu quero fazer nesta campanha, se Deus quiser, que estamos começando na pré-campanha aqui, que esses valores estejam presente.

E estou fazendo um apelo a todos nós: que esses valores estejam presentes como está fazendo o Mockus. O Mockus, na Colômbia, assumiu o compromisso de que vai respeitar seus adversários. Nós temos que respeitar os nossos oponentes, os nossos concorrentes. Vamos, cada um de nós, firmar este compromisso.

Quero dizer ainda que sei que tudo isso é um desafio muito grande. Para fazer isso tudo, é preciso que aconteça uma mudança muito significativa na política. Talvez tenhamos que reinventar uma nova maneira de caminhar, como diz o Thiago (de Melo), um novo tipo de liderança.
E vou tentar concluir, falando um pouco disso. Para que tudo isso aconteça não basta uma nova forma de fazer as coisas na política, o que por si só já seria muita coisa…
Imagina uma nova forma de fazer com transparência, com combate à corrupção, com eficiência, com um Estado que não seja provedor, mas mobilizador. O Estado mobilizador é aquele que é capaz de pegar os recursos públicos e, a partir do bom uso desses recursos, com eficiência, mobilizar o melhor do melhor, conseguindo boas parcerias com o empresariado, com as ONGs, com os diferentes segmentos da sociedade. E faz a transformação. Combate a corrupção, consegue bons resultados, é um bom prestador de serviços. O Estado que faz diferente, o político que faz diferente faz muito. Mas, eu vou além. É ser diferente na política. É disso que estou falando…
Neste inicio de século, estamos vivendo uma crise sem precedentes _a crise econômica. É só ver o que está acontecendo na Espanha, em Portugal e na Grécia. Bilhões tiveram de ser mobilizados novamente para socorrer esses países. Estamos vivendo uma crise econômica sem precedentes.
Estamos vivendo uma crise social, que se expressa na realidade do Brasil, ainda com graves problemas sociais que precisamos transitar. Precisamos transitar para o futuro com os programas sociais, inclusive, os de terceira geração. Programas que ofereçam uma cesta de oportunidades para que as pessoas possam ter seu trabalho, educação, profissionalização, treinamento profissional. A isso chamamos de inclusão produtiva.
Vamos ter que pensar a saída da crise social como um compromisso ético. Já temos boa parte das respostas técnicas para o problema da falta de educação, de alimentos e moradia. O que nos falta é o compromisso ético de colocar toda nossa técnica a serviço da decisão que teremos que tomar, para transformar o Brasil e transformar esse mundo, fazendo esse mundo melhor.
Estamos vivendo uma crise ambiental. Para resumir, se não estancarmos as fontes de emissão de CO2, que podem fazer com que a Terra continue aquecendo, se ultrapassarmos dois graus, podemos inviabilizar toda a vida na Terra. Não temos sequer como elaborar isso na nossa cabeça. É tão dramático. É tão difícil.
A vez de uma nova liderança
Para isso, torna-se imperativo uma nova forma de ser na política. E esse novo ser na política requer que a gente pare para pensar que a crise é complexa. A crise tem uma faceta multidimensional. E as respostas, também, são variadas.

Para resolver, vamos precisar de um novo tipo de liderança social, empresarial, política. Eu consigo ver boa parte desta nova forma de liderança no mundo empresarial de vanguarda. O Ricardo (Young) e o Guilherme estão aqui. E temos tantos outros pelo Brasil afora.

E estamos, simbolicamente, neste lugar, para dizer que estamos só começando o ensaio geral de uma nova militância, de uma nova liderança social.
Agora, a liderança política ainda está a desejar. São poucos os que percebem a necessidade da mudança. E devo dizer que essa nova forma de ser na política vai exigir de nós, sobretudo, mais do que discurso, mais do que teoria, Gabeira. Vai exigir de nós liderar pelo exemplo.
E liderar pelo exemplo é saber que nós temos parte da resposta, mas não toda. Se quisermos enfrentar os desafios do século 21, vamos ter que, generosamente, integrar todas as conquistas, tudo que conquistamos, inclusive, graças ao uso predatório dos recursos naturais para transitar para uma nova forma de produzir nossa vida, nossa condição de viver no planeta Terra. Essa nova liderança chamo de liderança multicêntrica, para problemas multicêntricos, que não seja capaz de fazer tudo e ainda fazer o resto.
É essa visão que faz com que, em pleno século 21, em plena crise sistêmica, econômica, social e ambiental, a gente possa ver as pessoas querendo discutir o que não interessa, discutir quem teve o melhor e o maior passado, quem tem o maior e o melhor currículo.
Isso é muito importante. Mas, o Brasil e as necessidades do planeta são maiores do que os nossos passados e os nossos currículos, individuais.

É por essa nova visão que estamos aqui, somando, chamando as pessoas para um movimento, para uma conversa, uma rodada de conversa sobre o Brasil. Uma conversa que não resvale para o que interessa, que não discuta quem divide ou entrega o Brasil.
O Brasil é essa unidade, todos nós! O Brasil é essa coragem que somos todos nós! E não vai ser entregue a ninguém, a não ser a nós mesmos, aos nossos sonhos, a nossa vontade e esperança de que seja muito melhor.

Novo acordo social
Então, não vamos resvalar para essa história de entreguistas e divisionistas. Isso não interessa. Termina a eleição, e a gente não sabe o que foi debatido. Uma eleição como essa é para que a gente saia com um novo acordo social. Um acordo social que seja capaz de integrar as conquistas e apontar para as grandes mudanças na nova economia.
E o que é economia baixo carbono, Marina? É a gente poder gerar emprego na agricultura sem destruir a floresta. É a gente poder prover o país com infraestrutura adequada para os transportes, para comunicação, para a geração de energia, protegendo a biodiversidade, protegendo as comunidades locais. É a gente ter uma indústria próspera, que receba o devido incentivo não para que se consuma mais e se produza mais do mesmo jeito que se produziu até hoje, mas buscando, como está fazendo Obama, novas respostas, novos resultados.
Essa nova liderança vai ter que estar comprometida com esse debate. E é para isso que estamos aqui.
Não quero embate com a Dilma Roussef, não quero embate com o Serra. Gostei muito daquele ensaio que fizemos lá, em Minas Gerais. Graças a Deus, foi uma conversa. Ali, pudemos nos perceber como gente pensando diferente.

É disso que o Brasil precisa. É isso que nós precisamos construir. É algo que ainda não está pronto, mas acontecendo no mundo inteiro. A gente olha para o

Obama e sente que tem indícios disso. A gente olha para o Mockus e sente que tem indícios disso. E a gente olha para a sociedade brasileira, olha para o Gabeira, e vê que é quase possível materializar isso no Rio de Janeiro.
Uma idéia cujo tempo chegou

Olha que coisa bonita está acontecendo no mundo. Temos que estar atentos ao que disse Victor Hugo: “Não há nada mais potente do que uma ideia cujo tempo chegou”.

Uma ideia cujo tempo chegou não é a ideia que a gente tem. É a ideia que tem a gente. E, quando a ideia tem a gente, a gente vira uma potência para transformá-la em realidade.
Meus companheiros, minhas companheiras, esse novo líder tem que ter muita clareza de que pode, mas não pode tudo. Sabe, mas não sabe tudo. Faz, mas não faz tudo.
O que um líder não pode fazer? Não pode sonhar pelas pessoas, decidir o destino das pessoas.
Quando tiraram o Ciro, tinha alguém sonhando pelo Ciro. Tinha alguém decidindo pelo povo, que poderia estar votando no Ciro. Isso nenhum líder pode fazer. Ninguém pode fazer pelas pessoas o que só elas podem fazer por si mesmas: sonhar e decidir o futuro que querem para si, o país que querem, o lugar aonde querem chegar, de que forma querem construir o país.
O líder não pode, não sabe, não tem como saber sozinho, por ele mesmo, o que é melhor para um povo. Não pode saber o que é melhor para o todo. Só o todo sabe, mesmo inconscientemente, o que é melhor para ele.

Quando as pessoas decidiram votar no presidente Lula, podiam continuar dizendo, mentirosamente, que ele iria destruir as famílias, que iria queimar as Bíblias, que iria levar o Brasil à bancarrota, se ganhasse.

Mas as pessoas sentiram, naquele momento, que era melhor a mudança. Só o povo sabe o que deve fazer. Ninguém pode fazer pelo todo.


Por último, ninguém pode abrir mão de algo que é essencial, fundamental: o poder e o fazer. Só nós podemos fazer as transformações, juntos, as transformações que o Brasil precisa.
Um líder não pode dar para um povo um destino. Se você quer um povo forte, se você quer um povo sábio, um povo soberano, ajude-o a construir um caminho. Quando a gente dá um destino está se colocando no lugar muito difícil, subtraindo o fazer conjunto, subtraindo o “fazer com” pelo “fazer para”.
A liderança do século 21 vai ter que aprender. Peço a Deus poder aprender a me colocar como mediadora e não como condutora.
Temos que aprender e nos dispor a coautoria, em vez da exclusividade do feito. Temos que nos dispor e nos colocar mais como mobilizadores do que como provedores de respostas prontas. Essa é a liderança do século 21.
Espero que, no mundo inteiro, a liderança do século 21 esteja se construindo.

Meus companheiros, meus irmãos, junto com o companheiro Guilherme Leal, junto com o Partido Verde, que se dispõe de forma inovadora a fazer um movimento, um movimento pelo Brasil para que o Brasil cuide de si mesmo, dê a sua contribuição pelo planeta, estamos nos dispondo a aprender.
Neste inicio do século 21, devo dizer que estou muito animada, aos 52 anos. Da mesma forma que me sentia animada nos tempos de Chico Mendes. Da mesma forma que me sentia animada e mobilizada na quadra do Colégio Meta. Como mulher de fé que sou _a mesma fé que, hoje, meus companheiros usam, alguns, para deturpar, quem sou, querendo me fazer passar por uma pessoa fundamentalista, intolerante, coisa que meu testemunho de vida jamais atestou_ ficava na porta do Colégio, rezando para que chegassem pessoas. Rezando para que, quando o Lula chegasse, pudesse se animar com um número maior de pessoas.
O Ibrahim Farah dizia: “vamos fazer uma reunião com empresários?”. Eu pensava: “que empresários aqui no Acre? Ninguém quer saber da gente”. E estava lá o Ibrahim Farah.

Eu ficava com vergonha, queria tanto que tivesse muita gente naquela reunião e o Lula não saísse dali triste, mas animado com o projeto que a gente queria construir.
O jogo do Brasil

Hoje, me vejo diante de uma situação. Muitas vezes olho para minhas filhas. Elas e os que me conhecem sabem que, quando as pessoas dizem que a senadora está fazendo o jogo do Serra, o jogo da Dilma, não estou fazendo jogo de ninguém. Estamos fazendo o jogo que o Brasil e o mundo precisam fazer.

É o mesmo jogo que vocês dois, Gabeira e Sirkis, fizeram quando criaram o PV. E nós do PT dizíamos naquela época: “Eles estão fazendo o jogo da separação”. O pessoal da esquerda dizia que o Lula estava fazendo o jogo do Golbery. Mas, o Lula estava fazendo o jogo da democracia, o jogo de um partido popular com uma outra característica. Infelizmente, esse partido perdeu a sua capacidade de se conectar com as utopias do século 21.

Não estou fazendo o jogo de ninguém. Estou fazendo o jogo no presente que o futuro precisa, que a juventude precisa. Se não tivéssemos entrado no jogo, não teríamos contribuído para as metas em Copenhague. Se não tivéssemos entrado no jogo, não teria gente pousando diante de um parque eólico para se dizer ambientalista.

Graças a Deus, tivemos quem tenha visão antecipatória, Aspásia, para construir, no passado, Guilherme, as alternativas que podem ser transformadas em políticas públicas.
Estamos fazendo o jogo do Brasil. Assim, como vai fazer a nossa Seleção, se Deus quiser, quando trouxe o caneco para casa.
Vamos fazer o jogo de levar a sustentabilidade social, a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade cultural, política e ética para o Planalto Central.
Esse é o jogo que o Brasil precisa fazer. Esse jogo só pode ser feito de uma forma, só de uma forma. Não importa se for o Pelé, o Ronaldinho… O Ganso não foi convidado, mas ele é jovem, Mayara. Ela é santista, fica revoltada.
Este jogo pode ser feito com vários jogadores. Agora, tem uma coisa que não pode deixar de estar nesse jogo. E tem uma coisa que não pode estar nesse jogo. Esse jogo só pode ser feito de forma limpa, transparente. E não pode ser feito na base da rasteira.
Novo desafio
Quero terminar, talvez, falando mais do que devia, mas, agradecendo a Deus, mais uma vez, por ter vocês nesta mesa, por ser capaz de reconhecer que temos conquistas boas, nesses 16 anos. Conquistas do Fernando Henrique, do Serra. E mais atrás, conquistas do Juscelino, que idealizou esse país. Mais atrás, mesmo com a crítica à ditadura, as conquistas de Getúlio, que trouxe as políticas trabalhistas para o Brasil.
Vamos pegar o que há de melhor! Agora, temos um novo desafio. O Brasil precisa se dispor a esse novo desafio.
Tenho mais idade do que quilos. Tenho 52 anos e 51 quilos. Mas, estou mais do que nunca cheia de força, coragem, fé e energia para andar o Brasil adentro e afora. Vamos unir o Brasil ponta a ponta.
Seja mais um pelo Brasil, e seremos milhões!
Seja mais um pelo planeta, e seremos bilhões!
Seja mais um pelo futuro, e teremos futuro garantido para a humanidade e para as outras formas de existência.

Um beijo no coração do Brasil e de todos vocês.

Lançamento da Marina Silva no Rio de Janeiro

MARINA SILVA

Lançamento da Marina Silva no Rio de Janeiro


Gilberto Gil (cantor e compositor), Marina Silva (candidata a presidente da república), Guilherme Leal (candidato a vice-presidente), Tiago de Melo (poeta), Adriana Calcanhoto (cantora), e Sérgio Xavier (Candidato a Governador por Pernambuco)

Lançamento da Marina Silva no Rio de Janeiro

Fábio Feldman (candidato a Governador por São Paulo), Ricardo Young (Candidato a Senador por São Paulo), Aspásia Camargo (Candidata a Senadora pelo Rio de Janeiro), Luis Penna (Presidente Nacional do PV), Fernando Gabeira (Candidato a Governador pelo Rio de Janeiro)

Lançamento da Marina Silva no Rio de Janeiro

GILBERTO GIL

Lançamento da Marina Silva no Rio de Janeiro


LUIS PENNA

Fernando Gabeira