quarta-feira, 25 de maio de 2011

Assassinato tem repercussão nacional

Várias entidades, líderes políticos e ambientais e até a mídia nacional emitiram notas sobre o assassinato de José Claudio e Maria do Espírito Santo, líderes extrativistas, ocorrido na manhã de ontem, em Nova Ipixuna. Entre eles, a presidente Dilma Rousseff, que ficou sabendo do caso em reunião com ex--ministros do Meio Ambiente, mostrou-se surpresa com a notícia e determinou que a Polícia Federal investigue o assassinato.

A ex-ministra Marina Silva relacionou o assassinato do casal José Cláudio e Maria do Espírito Santo ao caso da missionária Dorothy Stang, ocorrido há seis anos, em Anapu, pelos traços de covardia e por envolver denúncias ambientais.

Com o título “Assassinato e barbárie na floresta” o site Carta Capital noticiou que o casal representava “o elo mais frágil da cadeia de pressão pelo carvão de mata nativa, de madeireiras e de grilagem de terras para a pecuária. Denunciavam, há meses, que estavam sendo ameaçados. A pressão viria pela parte de madeireiros da região, em busca das castanheiras e outras árvores nobres, e por carvoeiros”.

Em nota, a Rede Faor - Fórum da Amazônia Oriental - manifestou indignação com o assassinato, lembrando que o casal estava marcado para morrer desde que começou a denunciar o desmatamento e a extração ilegal de madeira na região. “Mais uma vez tombam aqueles e aquelas que insistem em defender a floresta. O Faor exige publicamente que as autoridades competentes, investiguem este crime com seriedade e prendam os criminosos (mandantes e executores) para que este não seja mais um crime a fazer parte da imensa lista de impunidade que assola o nosso estado”.

O blog “Radar on-line”, no site da Veja, também publicou notícia, lembrando a participação de José Cláudio, em novembro, no TEDX Amazônia, fórum internacional que discutiu como tema a qualidade de vida no planeta, onde o extrativista escancarou as ameaças que sofria. “Vivo da floresta, protejo ela de todo jeito. Por isso, eu vivo com a bala na cabeça a qualquer hora. Porque eu vou para cima, eu denuncio os madeireiros, os carvoeiros e, por isso, eles acham que eu não posso existir. A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a irmão Dorothy, querem fazer comigo. Eu posso estar hoje aqui conversando com vocês, daqui a um mês vocês podem saber a notícia que eu desapareci”.

José Cláudio e Maria do Espírito Santo eram líderes locais do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), ONG fundada por Chico Mendes, e o diretor da Regional Belém do CNS, Atanagildo Matos, destaca a morte do casal como uma perda irreparável. “Eles nos deixam uma lição, que é o ideal dos extrativistas da Amazônia: permitir que o ‘povo da floresta’ possa viver com qualidade, de forma sustentável com o meio ambiente”, falou Matos em nota enviada pelo conselho, garantindo que Ministério Público Federal, Polícia Federal e outras instituições já tinham sido acionadas para não deixar o episódio impune.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Marabá), Adebral Lima Favacho Junior, esteve em Nova Ipixuna, junto com diversas outras entidades e movimentos sociais que se deslocaram para o município a fim de acompanhar de perto o ocorrido. Por telefone, Adebral destacou que a comissão tem o papel de garantir às pessoas e entidades o direito de atuarem no sentido de reivindicar melhorias nas mais diversas áreas.

“No caso de José Cláudio e Maria do Espírito Santo era público que eles vinham sendo ameaçados e esse conflito no campo vem de muito tempo. As pessoas ligadas aos movimentos sociais constantemente sofrem represálias, ameaças e são de fato assassinadas e os grupos que cometem esses crimes têm a certeza de impunidade. Agora nos cabe cobrar maior empenho para desvendar esse caso, partindo do ponto de que o casal sempre fazia denúncias envolvendo desmatamento”, fala o advogado. (Diário do Pará, sucursal de Nova Ipixuna)

FONTE:Diário do Pará

terça-feira, 24 de maio de 2011

Marina Silva pede a Dilma que adie votação do Código Florestal


A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e mais um grupo, entre eles o também ex-titular da pasta, Carlos Minc, pediram em carta aberta enviada à presidente Dilma Rousseff que adie a votação do Código Florestal, marcado para hoje (24), às 10h. Eles querem evitar a aprovação de alguns artigos do código que apontam como um retrocesso na legislação ambiental brasileira.

O relator do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou que não há razão para adiar a votação do assunto nem fazer eventuais mudanças na proposta. Segundo Aldo, quaisquer modificações só devem ser discutidas no Senado.

A votação do código foi adiada três vezes.


Fonte: Consulado Social

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Jorge Viana defende marido de ex-senadora Marina Silva

Agência Senado
BRASÍLIA — O senador Jorge Viana (PT-AC) defendeu em Plenário, nesta quinta-feira (12), o marido da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, Fábio Vaz de Lima. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) - relator na Câmara do projeto de reforma do Código Florestal - atacou Fábio Vaz de Lima durante discussão da matéria na madrugada desta quinta-feira.

O deputado disse que o marido da ex-ministra é "um contrabandista ligado ao desvio de madeira". No entanto, segundo Jorge Viana, Fábio Vaz de Lima é "uma pessoa correta" e "um profissional qualificado e honesto". Atualmente, Lima é assessor do governo do Acre, estado governado por Tião Viana, irmão de Jorge Viana.

Jorge Viana disse preferir acreditar que as declarações de Aldo Rebelo foram dadas em um momento de dificuldade, já que ele está "assoberbado pela pressão" de diversos interesses em conflito na votação do novo Código Florestal. O senador elogiou o deputado, que discutiu o projeto por todo o Brasil, gerando "um aperfeiçoamento do que atende interesses do país".

- Prefiro acreditar que foi um momento infeliz de uma carreira que tem passagens tão brilhantes. A biografia dele não combina com o linguajar que adotou ontem, quando se referiu ex-ministra Marina Silva. Espero que ele reveja sua posição - afirmou o senador, para quem "as informações que basearam a posição do deputado são, no mínimo, imprecisas, e têm outros interesses por trás".

Em aparte, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) lembrou que Aldo Rebelo estava há horas negociando o texto do acordo, o que explicaria sua reação. A senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou de Jorge Viana uma explicação sobre acusações feitas a Aldo Rebelo. O senador reiterou a "dedicação e seriedade" de Aldo e explicou que, de sua parte, tinha destacado apenas a variedade de interesses em jogo na tramitação do projeto.

Por fim, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que Aldo Rebelo apenas se defendeu de acusações feitas pela ex-ministra, que divulgou que ele havia alterado posteriormente um texto que foranegociado pelo governo.

domingo, 15 de maio de 2011

NOTA DE DESAGRAVO - MARINA SILVA



Ontem este Plenário foi palco de uma situação aviltante para esta Casa. O Relator do projeto que altera o Código Florestal, o Deputado Aldo Rebelo, fez uma acusação caluniosa e injusta a uma das pessoas de maior respeitabilidade nesse País – a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva.

Na verdade, o Deputado foi duplamente injusto. Primeiro, acusou Marina Silva de usar seu twitter para dizer que o Deputado Aldo Rebelo havia fraudado o seu relatório. É uma inverdade. O Deputado foi mal informado. Marina disse que ele havia apresentado seu relatório e que nele havia “pegadinhas”. Em momento algum referiu-se a fraude. E ela tinha toda a razão. Havia pegadinhas, sim. Não apenas uma, mas várias, como troca de palavras para induzir esse Plenário a erro e desaparecimento de artigos inteiros.

Porém, o mais grave veio a seguir. O Deputado Aldo Rebelo, em uma demonstração de desequilíbrio e falta de preparo para o exercício de função tão importante, acusou o marido de Marina Silva de “fraudar o contrabando de madeira”. Mais uma inverdade. E pior, nesse caso ele não foi mal informado por assessores ou qualquer outra pessoa. Ele sabe que não é verdade.

Quando Marina Silva era Ministra do Meio Ambiente e combatia corajosamente o desmatamento ilegal da Amazônia e os crimes ambientais em todo país, foi alvo de calúnias, denúncias vazias e dossiês apócrifos, por parte daqueles que eram punidos pela ação do estado. O objetivo dessas ações era deter Marina Silva e parar o trabalho de investigação e combate a tais crimes. Na maioria dessas investidas, buscava-se envolver o nome do marido da ex-senadora. Um exemplo disso foi a tentativa de distorcer uma ação exemplar de destinação de centenas de toras de mogno apreendida, que Marina Silva comandou, quando Ministra do Meio Ambiente, logo no início de sua gestão.

O Ministério do Meio Ambiente havia feito um convênio com uma entidade da sociedade civil, a FASE, para dar destinação ao mogno apreendido na gestão anterior. Convênio aprovado pelo Ministério Público e chancelado por um Juiz Federal, pois a apreensão estava ajuizada. Com os recursos obtidos com a comercialização da madeira foi criado um Fundo que apoia projetos socioambientais na Amazônia. A comprovação da correta destinação dos recursos está disponível na internet para o escrutínio de todos e conta ainda com o permanente acompanhamento do Ministério Público Federal.

E o que o marido da Marina, Fabio Vaz de Lima, tinha com esse caso? Nada, absolutamente nada. Acusaram-no de participar indiretamente desse convênio como Secretário Executivo do GTA – Grupo de Trabalho Amazônico, uma rede de mais de 600 entidades da Amazônia à qual a FASE é ligada. Mas o marido da ex-Ministra, já havia deixado a instituição há quatro anos.

Denúncia vazia, covarde, feita por criminosos que queriam vingança contra quem comandava a ação do Estado para impor a Lei. Jornalistas investigativos de renome na mídia nacional foram apurar esses fatos à época e ficou evidente que a acusação era infundada. E o Deputado Aldo Rebelo sabia, pois, quando esses mesmos criminosos tentaram levar essa calúnia à CPI da Biopirataria, todos os fatos foram a ele relatados, como Líder do Governo à época, para evitar que esta Casa fosse usada para a ação de vingança de criminosos.

Portanto, Sr. Presidente, a bancada do PV quer deixar registrado esse Ato de Desagravo à ex-Senadora e ex-Ministra Marina Silva, atacada covardemente contra o que ela tem de mais caro – a sua honra. Entendemos que o ataque desferido por Aldo Rebelo contra a honra de Marina Silva e seu esposo atinge também a todo homem e mulher de bem de nosso país, todos que prezam e defendem a ética e a justiça nas relações humanas e, sobretudo, no espaço da política e da atuação do Estado. Portanto, nossa iniciativa não se destina a desagravar apenas essas duas pessoas, mas valores e princípios que devem ser a base de toda nossa organização social.


Bancada do PV na Câmara dos Deputados
e
Partido Verde


Marina Silva vai pedir ao MPF que investigue acusações contra o marido dela

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

A ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (PV-AC) vai pedir ao Ministério Público Federal que investigue as acusações contra o marido dela, Fábio Vaz de Lima, de envolvimento em negócios irregulares com órgãos federais vinculados ao Ministério do Meio Ambiente. As irregularidades teriam ocorrido no período que ela estava à frente da pasta.

Marina informou que entregará a representação com pedido de abertura de apuração de cada denúncia contra ela e o marido no encontro que terá com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nesta segunda-feira (16), as 18h30.

A ex-ministra justifica o pedido de averiguação por ter sido acusada pelo relator do projeto do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), de agir para proteger o marido para evitar que ele fosse convocado para depor em comissão da Câmara sobre supostas denúncias de participação em fraudes.

Segundo ela, as acusações feitas contra ela e o marido são levianas e têm origem em dossiês apócrifos que circularam nos corredores do Congresso quando ela era ministra. “Os autores dessas falsas informações são aqueles que tiveram seus interesses espúrios contrariados por minha decisão de, à frente do Ministério do Meio Ambiente, combater o comércio ilegal de madeira e o desmatamento criminoso na Amazônia”.

Da Agência Brasil

sábado, 14 de maio de 2011

Tensão física e emocional afetou sessão na Câmara, diz ministro

BRENO COSTA
DE BRASÍLIA

Responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso, o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) creditou a um "desgaste físico e emocional" as críticas do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), à postura do governo no processo de votação do Código Florestal, que o governo decidiu adiar de última hora, no fim da noite de quarta-feira.

Alves afirmou que o governo "precisa aprender a respeitar a Casa", ao comentar da tribuna da Câmara, de forma exaltada, a mudança de orientação do líder do governo, Candido Vaccarezza (PT-SP), a um requerimento para que a discussão sobre o código fosse retirada de pauta. O líder do PMDB chegou a ameaçar o governo dizendo que o partido não votaria mais nada até que a votação sobre o código fosse concluída.

"É preciso levar em consideração o desgaste físico, emocional, a tensão que o momento acaba levando. Mas, evidentemente, depois de um bom sono, uma boa reflexão, nós precisamos olhar a partir do diálogo que estamos construindo", disse Luiz Sérgio ao comentar as declarações de Eduardo Alves --a sessão de ontem na Câmara começou pela manhã e se estendeu até tarde da noite.

O ministro, que participou do encerramento da 14a Marcha de Prefeitos, negou que o Planalto esteja interferindo em excesso no ritmo do processo de votação do projeto na Câmara. Luiz Sérgio usa como argumento o fato de o projeto sobre o novo Código Florestal ter sido proposto inicialmente pelos parlamentares, e não pelo Executivo.


domingo, 8 de maio de 2011

Filme sobre a vida de Marina Silva será rodado no começo de 2012

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Há mais de três décadas movida pelos desafios do mercado audiovisual, a carioca Sandra Werneck já deu forma a romances (Pequeno dicionário amoroso e Amores possíveis), revolveu a aura de um ícone musical (Cazuza — O tempo não para) e expôs mazelas brasileiras (Sonhos roubados), mas é na adaptação para as telas do livro Marina: a vida por uma causa que reside uma das maiores pelejas: representar a ética. O escasso valor social saiu da ponta da língua da diretora, quando — em processo de negociações dos direitos do livro —, uma das filhas da ex-candidata à Presidência perguntou: “Qual é a primeira imagem que você vê para o filme?”.

Apesar da simpatia com a qual tem visto o governo da presidente Dilma Rousseff, a diretora não segreda: votou mesmo, à época, foi na candidata do Partido Verde. À frente de um produto que demandará muitas filmagens no Acre, a realizadora estima um orçamento de R$ 9 milhões para o longa que, previsto para ser filmado no começo de 2012, possivelmente não pleiteará montantes de editais, dependendo de conglomerado entre empresas públicas.

“Acho que esse projeto me escolheu. Logo depois das eleições, parei, por acaso, numa entrevista dela e, quando acabou, eu estava completamente emocionada. Fui para a livraria, comprei o livro, li na mesma noite e no dia seguinte disse: ‘Vou fazer esse filme’”, conta a realizadora. Dois meses depois de e-mail propondo a fita, em fins de dezembro, a política recebeu Sandra Werneck. Reticente, e com reservas quanto à exposição, foram mais três meses de suspense até o sinal verde para a adaptação da obra assinada pela jornalista Marília de Camargo César.

“Andava com meu telefone que nem mulher apaixonada esperando ligação do namorado. Até no banheiro eu levava meu celular. Nunca esperei tanto uma ligação na vida”, diverte-se. Na trama, uma leve interferência da ex-ministra já foi estabelecida. “Metade do filme (que deve ser chamado de Marina e o tempo) sou eu, e quero fazer — os outros 50% são da minha família”, teria dito. A diretora, não perdeu tempo, e já conheceu, detidamente, toda a família. Diante do primeiro tratamento do roteiro, ainda sob esboço — “porque a vida dela é uma saga” — a cineasta firma a parceria com Melanie Dimantas (autora dos roteiros de Nome próprio e Olhos azuis).

Em julho, a etapa será de testes para a definição da trinca de atrizes que viverá “diferentes Marinas”, em três fases: dos 8 aos 10 anos, dos 18 aos 30 e dos 30 aos 50 anos. “Vou buscar desconhecidas, mas pretendo contar com uma excelente profissional também. Faremos teste de maquiagem, uma vez que a Marina é cabocla, não sendo negra, nem mulata e nem parda”, explica. Cobrir a vida privada da ambientalista, “menos dividida com a imprensa”, é uma das metas da diretora. “Digamos que reservei 90% do filme para a determinada trajetória de vida dela e 10% para a atuação dela na política”, adianta Sandra Werneck. O risco de um retrato institucionalizado, na autoavaliação, passa a léguas. “Hoje, a Marina não é nada, politicamente: por isso, eu quis fazer o filme. Não é senadora, não é deputada, não sabe nem se vai se candidatar de novo. O filme, claro, vai falar de política, mas muito pouco. Me interesso por ela enquanto mulher, ser humano e alguém ligado ao meio ambiente”, ressalta.

Sobrecarga
A fuga da sobrecarga de temas políticos, porém, não acarretará em lacunas. “Vou abordar a religião — porque faz parte da vida dela, né? —, assim como vamos mostrar a saída dela do PT”, promete. Contornando mal-estar, Werneck é apaziguadora quando o tema é a derrota da cinebiografada nas urnas. “O PT tem uma máquina muito grande e havia uma parte da população bem satisfeita com o governo Lula”, acredita. Os modestos resultados (de bilheteria e crítica) alcançados pelo longa Lula, o filho do Brasil não abatem Sandra Werneck.

“Sigo muito um comentário do Hector Babenco (de Carandiru), que uma vez disse: ‘O público sente o cheiro do filme que ele quer ver’. Talvez o Lula, naquele momento já estivesse muito em evidência, pela mídia”, observa. O reconhecimento internacional da política (vencedora, em 2009, do prêmio norueguês Sophie, por causa dos esforços em projetos para o desenvolvimento sustentável) pode garantir maior visibilidade da fita, fora do país, onde chegou a levar prêmio máximo .“Estou fazendo este filme pra mim. O diretor vive muito da sua fantasia, da sua imaginação e de querer contar uma história que emocione. Primeiramente, a ele, e depois, ao público. Quero que o país conheça a história da Marina”, conclui.

Por Ricardo Daehn, do Correio Braziliense

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Marina Silva diz que proposta do Código Florestal é um retrocesso

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a criticar o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre o Código Florestal Brasileiro. “Lamentavelmente, a proposta que está aí não é aquela que coloca o Brasil na agenda do século 21. É a agenda que continua olhando para trás, antes da Constituição de 1988”.

Segundo Marina, dizer que as atividades agrícolas podem ser consideradas de interesse social e que por isso não precisam respeitar a reserva legal, nem as áreas de preservação permanente, é um retrocesso.

“Lamentavelmente, nós estamos olhando para trás, para o retrocesso, não para o futuro. Não para a sociedade que aponta ganho do encontro entre economia e ecologia de uma agricultura, que cria uma nova narrativa para se combinar a preservação das nossas bases naturais de desenvolvimento e aumento de produção por ganho de produtividade e não por flexibilização na legislação ambiental”.

Para Marina, o sensato é não votar hoje o Código Florestal até mesmo porque o texto apresentado contém várias “pegadinhas” e precisa ser amplamente analisado e discutido com a sociedade. Ela denunciou que só a perspectiva de aprovação do texto já levou ao aumento do desmatamento em Mato Grosso, no sul do Amazonas e em Rondônia.

Edição: Rivadavia Severo