Mesmo depois de formalizar a aliança que dará sustentação à candidatura do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) ao governo do Rio, o desencontro de lideranças e a ameaça de crise continuam pairando sobre os partidos que formam a coligação. A direção nacional do PV não gostou das manifestações - feitas logo após a reunião que sacramentou o acordo na segunda-feira - de que o candidato do PSDB à presidência, José Serra, seria recebido por Gabeira em seus compromissos no Estado. O partido é taxativo ao afirmar que ele só vai apoiar a candidatura da senadora Marina Silva (PV) à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seu blog, Gabeira afirma que a imprensa errou ao noticiar que ele apoiaria Marina e Serra. A candidata do PV teria ligado para o correligionário para cobrar explicações na noite de segunda-feira. "O acordo feito em nível nacional e estadual era de que apoiaria Marina e a coligação dos três partidos (PSDB, DEM e PPS) apoiaria Serra", escreveu Gabeira. "De repente, algo que foi sempre claro ficou obscuro", observou o parlamentar, que, num intervalo de seis meses, oscilou entre se lançar ao governo do Rio, disputar uma das vagas ao Senado ou tentar a reeleição à Câmara dos Deputados.
Na segunda-feira, após a reunião, Gabeira havia afirmado que tanto Marina quanto Serra seriam convidados para a convenção que oficializará sua candidatura, em junho. Ele disse também que, eventualmente, poderia se encontrar com o tucano nos compromissos dele no Rio. O nome indicado pelo PSDB do Rio para ocupar a vaga de candidato a vice, o ex-deputado federal Márcio Fortes, foi ainda mais enfático. "O Gabeira anda com ele (Serra)", disse Fortes.
Hoje, foi a vez do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, indicado pelo DEM para concorrer ao Senado e pivô da crise que quase inviabilizou a aliança por conta da rejeição do PV ao seu nome, escrever sobre o tema. Em seu ex-blog, espécie de informativo diário distribuído por e-mail, o líder democrata diz que está tudo claríssimo e faz uma análise sobre a aliança.
"Governador na direção de Marina. Senadores na direção de Serra. Entre estas paralelas, os deputados estarão oscilando entre governador e senador e vice-versa, como em diagonais sucessivas, construindo uma espécie de rede", filosofou Cesar Maia.
Fonte: Diário do Pará
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