sábado, 29 de maio de 2010

Marina Silva diz que eleição não será na base do plebiscito

Silvia Amorim, enviada especial


CAMPINAS (SP) - Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou neste sábado o debate polarizado entre os adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Segundo ela, sua posição nas sondagens deve ser respeitada. Na última pesquisa Datafolha, Marina aparece com 12% das intenções de voto, contra 37% tanto para Dilma como para Serra.

- Eu não sei quem comprou essa tese (da polarização), porque a campanha nem começou. Tem dois candidatos empatados e um terceiro com 12%. Se nem começamos e estamos assim, significa que quando a sociedade entrar para valer no jogo, não só vai desempatar como vai acabar com a polarização. Essa eleição não será na base de plebiscito - disse ela, que tratou com ironia a questão.
- A sociedade já aprendeu com os movimentos de defesa do consumidor a não comprar qualquer coisa.
Numa coletiva à imprensa, após corpo-a-corpo pelas ruas de Campinas, Marina disse que os candidatos devem fazer campanha nesse período, e mandou um recado velado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo sem citá-lo, a pré-candidata disse que pessoas em lugar de destaque devem dar o exemplo.
- Não tem como os candidatos ficarem em casa até julho. Para mim, o que é mais importante é a gente ser capaz de dar o exemplo. Quanto mais posição de destaque, mais cuidado tem que ter - disse ela.
Perguntada se teme clima acirrado na campanha, reagiu com bom humor:
- Estamos fazendo um esforço muito grande com a comunidade planetária para evitar o aquecimento global. Não seria diferente em relação ao desnecessário aquecimento dos ânimos políticos.

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