segunda-feira, 12 de julho de 2010

Marina defende suspensão de prefeito do PV por participar de ato de apoio a Dilma

Sérgio Roxo

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, defendeu nesta segunda-feira a suspensão, na semana passada, da filiação do prefeito da cidade de Itapira, Antonio Belini, também do PV, por causa da participação em um ato de apoio à candidatura da petista Dilma Rousseff.
- É o cumprimento daquilo que é a fidelidade partidária. Isso é o que todos os partidos fazem. É isso que a legislação eleitoral manda, que as lideranças políticas que foram eleitas por aquele partido, por aquele programa, sejam coerentes com seus partidos.
Belini esteve em um evento no dia 1º na cidade de Campinas (SP), intitulado "Movimento Pluripartidário Pré Dilma Rousseff", que reuniu prefeitos do PSDB, do DEM e do PPS, que fazem parte da aliança do candidato tucano a presidente, José Serra, além do PV, de Marina Silva.
Já o candidato do PV ao governo do Rio, Fernando Gabeira, disse que espera obter a fidelidade dos aliados ao longo da campanh a. No domingo, Andrea Zito (PSDB), da coligação com o PV, fez caminhada com o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição. Marina defende aumento de investimento na educação
Em visita às instalações da Embraer, em São José dos Campos (SP), Marina defendeu também o aumento do investimento público em educação. Para a presidenciável verde, é necessário elevar de 5% para 7% do PIB os gastos anuais do setor em quatro anos.
- É claro que estamos investindo pouco em educação. No Brasil se investe R$ 1.114 por ano por aluno. Isso é muito pouco. Temos 30 anos de atraso em relação ao Chile. Para que tivéssemos uma educação de qualidade, precisaríamos estar investindo cerca de R$ 2.180. Isso não acontece da noite para o dia, mas é fundamental que se tenha uma política de progressivamente aumentar os recursos.
Marina relutou em estabelecer uma meta, mas acabou dizendo que trabalhará para elevar em dois pontos percentuais o investimento em educação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
- A gente pode trabalhar no sentido de chegar a pelo menos 7% (do PIB em investimento em educação ao final de um eventual mandato). Isso já seria muito bom.
Hoje, a educação recebe em investimento 5% do PIB. A candidata acredita que também é preciso aplicar melhor o dinheiro disponível.
- Não é só uma questão de aumentar os recursos. É aplicar melhor também os recursos. Nós hoje já temos uma acessibilidade de 100% para o ensino fundamental. È melhorar a qualidade. Melhora-se a qualidade investindo no professor em dois sentidos. A qualificação do professor de forma continuada e uma remuneração justa para os professores. E mais ainda: se fazendo também uma reforma do ensino brasileiro, onde a gente tenha uma grande curricular que seja atualizada às necessidades do conhecimento deste início de século, onde as crianças possam ter acesso à informação, organizar a informação e ter uma visão critica sobre a informação.
Fonte: O GLOBO

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