quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eleições 2010voltar para a capa

José Meirelles Passos

RIO - Um novo "Plano de Desenvolvimento Nacional", preparado pelo Fórum Nacional e pela Cúpula Empresarial, foi entregue nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro aos quatro candidatos presidenciais, propondo medidas que visam a transformar o Brasil em país desenvolvido nas próximas duas ou três décadas.

O ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, que preside o Fórum, disse que chegar a tal ponto é necessário uma grande transformação, inclusive de mentalidade. Para ele, o Brasil tem caminhado muito bem "mas está se contentando com pouco".

- Quando temos crescimento de 5% ao ano, achamos muito bom... - afirmou.

Apenas dois candidatos compareceram: Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Dilma Rouseff (PT) foi representada pelo seu companheiro de chapa, Michel Temer (PMDB). Ausente, José Serra (PSDB) não enviou ninguém em seu lugar.

Marina elogiou a iniciativa de Reis Velloso e do grande grupo de líderes de grandes empresas brasileiras, mas lembrou que para o país deslanchar será preciso vencer o analfabetismo que, segundo disse, ainda atinge 15 milhões de brasileiros. Além disso, ela disse que é preciso que o desenvolvimento se dê de forma equilibrada:

- Tem que haver uma visão generosa: nenhuma resposta (aos problemas do país) será exclusiva. Tem que haver co-autoria, tem que haver um processo democrático. Temos de ter, também, um estado capaz de mobilizar o melhor da sociedade. As estruturas devem ser flexíveis, para que possam receber o melhor dos empresários, da academia, da política. Precisamos, ainda, sair do modelo de desenvolvimento predatório e entrar no desenvolvimento sustentável - afirmou a candidata presidencial.

Por sua vez, Plínio de Arruda Sampaio basicamente mencionou várias das plataformas de sua campanha eleitoral. E afirmou que, para o Brasil realmente se desenvolver, deveria se livrar do Senado - extinguindo-o.

- Com todo o respeito, senadores não servem para nada, a não ser manter as oligarquias, no estilo do Sarney - disse, referindo-se ao presidente do Senado, José Sarney.

Temer destacou que a maioria das idéias propostas agora pelo Fórum Nacional e pela Cúpula Empresarial já estava prevista na própria Constituição brasileira há décadas. O problema, disse ele, é que só recentemente a teoria vem se concretizando na prática.

- O Brasil formal e o Brasil real não coincidem. Mas este governo criou uma mobilidade social muito grande. Quem passa para as classes C e B passa a reivindicar. E esse é um avanço que tem feito coincidir o Brasil real com o formal - afirmou o candidato a vice-presidente da chapa de Dilma Rousseff.

Fonte: O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

pvmulhernilzamartins@gmail.com