segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Marina Silva propõe plano nacional de prevenção e enfrentamento de desastres ambientais

Ao lembrar o combate ao desmatamento feito na época em que foi ministra do Meio Ambiente, Marina se emocionou. "Eu, amanhã, não serei mais senadora. A minha emoção é pela causa. Tomem essa que é a causa do século"


A autora do requerimento de convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional, senadora Marina Silva (PV-AC), emocionou-se na quinta-feira, 20, ao falar das vítimas mortas nas enchentes que assolam a Região Sudeste. Segundo ela, o Brasil precisa de um plano nacional de prevenção e enfrentamento de desastres ambientais a ser coordenado pela Casa Civil da Presidência da República.

"Ele tem de ser montado com medidas estruturantes que passam pelo ordenamento territorial e fundiário das áreas urbanas. Além de uma rede de alerta emergencial, essas medidas estruturantes incluiriam a retirada das pessoas das áreas de risco, a criação de "piscinões", encostas e galerias, e isso custará bilhões", previu.

De acordo com ela, catástrofes ambientais ocorrem quando eventos extremos da natureza são associados à omissão do poder público, o despreparo da população e às condições de vulnerabilidade e imprevisibilidade do meio ambiente. Marina pediu o debate com profundidade e compromisso sobre essa tragédia e avaliou como "grande iniciativa" o sistema nacional de alerta proposto na reunião.

Segundo Marina, já foram gastos no socorro e assistência R$ 2,3 bilhões. Em prevenção, foram gastos R$ 167 milhões. "Nós temos de inverter, gastar mais em prevenção e menos quando o leite já estiver derramado", afirmou.

Ao lembrar o combate ao desmatamento feito na época em que foi ministra do Meio Ambiente, Marina se emocionou:

"Eu, amanhã, não serei mais senadora. A minha emoção é pela causa. Tomem essa que é a causa do século. É por ela que eu estou aqui e por ela saí candidata à presidência da República. Porque ela vai ceifar milhões e bilhões de seres humanos se nós a continuarmos tratando como se fosse causa de ambientalistas. Ela é uma causa econômica e social, e é grave. Isso não é um problema de ambientalista, é de economista, de geólogo, de governos, de empresas, de sociedade e de todo o mundo", frisou.

Agência Senado


FONTE: O POVO online

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