Depois de Democratas e PSDB, o PV expõe sua fragmentação após o rescaldo das eleições de 2010.
- É o confronto de duas concepções de partido, em que os campos estão claramente definidos. De um lado, está o (José Luiz) Penna e o Zequinha Sarney; do outro lado, está a Marina (Silva), com seus 20 milhões de votos, e históricos do PV: eu, o (Fernando) Gabeira, a Aspásia Camargo, o Sergio Xavier, o (Maurício) Brusadin... - afirma o deputado federal Alfredo Sirkis.
Insistindo na necessidade de democratizar o PV, Sirkis ataca a direção da sigla. "Achamos que tem havido uma movimentação do Penna no sentido de garantir praticamente a presidência vitalícia, o que é absolutamente incompatível com o ideário de qualquer partido verde", afirma, defendendo o limite de reeleições dos dirigentes da legenda e sugerindo mandato de dois anos.
- Depois do período eleitoral, as coisas se acirram porque é um ano de reorganização partidária, e a primeira coisa que eles fizeram foi adiar a convenção para o ano que vem, garantindo mais um ano. É uma coisa que nem no Oriente Médio se pratica mais - critica Sirkis.
"Piores práticas"
Ao citar a repetição de "inúmeros pequenos incidentes", o parlamentar reclama que seus opositores dentro do partido tentam "criar a insegurança em várias regiões em relação à questão estadual, com manobras cartoriais, que são, de fato, as piores práticas da política brasileira".
As feridas das eleições de 2010 ainda estão abertas. "Havia uma tensão na época. Em alguns Estados, os dirigentes não fizeram a campanha da Marina, foi a base que fez, caso do Amazonas, do Mato Grosso, de Rondônia. Em razão de suas alianças com políticos tradicionais da região, praticamente boicotaram a campanha", queixa-se o deputado verde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
pvmulhernilzamartins@gmail.com