Candidata comentou proposta de criação de estatal federal de seguros.Senadora participou de almoço com empresários no Rio de Janeiro.
Aluizio Freire Do G1 RJ
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou nesta terça-feira (13), ao comentar a proposta do governo de criação de uma empresa estatal de seguros, o que chamou de "proliferação de empresas" no país.
"Algumas coisas devem ser feitas de forma transparente. E algumas não tiveram tempo necessário de maturação. Se é contaminada pelo processo eleitoral fica mais difícil ainda. Não tenho aqui avaliação técnica em relação ao mérito [da proposta]. Em princípio, acho que a proliferação mais e mais de empresas talvez não seja a saída para os problemas brasileiros", afirmou a senadora, após participar de almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
O anúncio da criação da Empresa Brasileira de Seguros (EBS) foi feito no início de maio. A estatal teria atuação na concessão de garantias para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016 e da exploração do pré-sal, entre outras.
Em referência indireta aos adversários José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), Marina afirmou que a campanha não pode ser um "concurso de quem propõe mais coisas", e apontou contradição em discursos que defendem um estado mais eficiente e, ao mesmo tempo, propõem criar novos órgãos estatais.
"O que a gente não pode em períodos eleitorais é um cria um ministério daqui, outro cria um ministério de lá, e vira um concurso de quem propõe mais coisas, e todos falando que o estado tem que ser eficiente, numa contradição muito grande", afirmou Marina, que disse defender um estado "mobilizador", em oposição às acepções de "estado provedor" e "estado fiscalizador".
Candidata elogia Lula e FHCMarina procurou se mostrar em sintonia com a política econômica vigente no país. Elogiou a condução macroeconômica dos governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da SIlva, mas buscou um diferencial ao defender o controle da inflação por meio da redução de gastos públicos, e não apenas via elevação da taxa de juros.
"Eu tenho dito que a política econômica dos últimos 16 anos vem dando certo. Iniciou-se com o presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente Lula deu continuidade com aperfeiçoamentos, aumentando significativamente as reservas brasileiras. Foi isso que fez com que a gente pudesse atravessar a crise [financeira mundial de 2008-2009]. Então, o câmbio flutuante, ter uma política de superávit primário, com controle da inflação, são as ferramentas de política macroeconômica que precisam ser mantidas. E a questão do controle dos juros, de termos meta de inflação, não pode ser só a partir da elevação dos juros, mas também que a gente possa fazer um esforço de controlar a inflação com redução do gasto público, para que a gente possa ter a chance de investir nesse país", disse Marina.
"Otimista antes da partida"Mais tarde, após visita ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marina comentou a convicção do presidente Lula, relatada pelo senador José Sarney (PMDB-AP), de que Dilma pode vencer a eleição no primeiro turno.
"Eu prefiro falar do meu esforço. Enquanto alguns já estão otimistas antes de começar a partida, eu prefiro estar me esforçando e treinando para que a gente possa fazer bonito nessas 'olimpíadas democráticas' de 2010", disse a senadora.
"Algumas coisas devem ser feitas de forma transparente. E algumas não tiveram tempo necessário de maturação. Se é contaminada pelo processo eleitoral fica mais difícil ainda. Não tenho aqui avaliação técnica em relação ao mérito [da proposta]. Em princípio, acho que a proliferação mais e mais de empresas talvez não seja a saída para os problemas brasileiros", afirmou a senadora, após participar de almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
O anúncio da criação da Empresa Brasileira de Seguros (EBS) foi feito no início de maio. A estatal teria atuação na concessão de garantias para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016 e da exploração do pré-sal, entre outras.
Em referência indireta aos adversários José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), Marina afirmou que a campanha não pode ser um "concurso de quem propõe mais coisas", e apontou contradição em discursos que defendem um estado mais eficiente e, ao mesmo tempo, propõem criar novos órgãos estatais.
"O que a gente não pode em períodos eleitorais é um cria um ministério daqui, outro cria um ministério de lá, e vira um concurso de quem propõe mais coisas, e todos falando que o estado tem que ser eficiente, numa contradição muito grande", afirmou Marina, que disse defender um estado "mobilizador", em oposição às acepções de "estado provedor" e "estado fiscalizador".
Candidata elogia Lula e FHCMarina procurou se mostrar em sintonia com a política econômica vigente no país. Elogiou a condução macroeconômica dos governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da SIlva, mas buscou um diferencial ao defender o controle da inflação por meio da redução de gastos públicos, e não apenas via elevação da taxa de juros.
"Eu tenho dito que a política econômica dos últimos 16 anos vem dando certo. Iniciou-se com o presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente Lula deu continuidade com aperfeiçoamentos, aumentando significativamente as reservas brasileiras. Foi isso que fez com que a gente pudesse atravessar a crise [financeira mundial de 2008-2009]. Então, o câmbio flutuante, ter uma política de superávit primário, com controle da inflação, são as ferramentas de política macroeconômica que precisam ser mantidas. E a questão do controle dos juros, de termos meta de inflação, não pode ser só a partir da elevação dos juros, mas também que a gente possa fazer um esforço de controlar a inflação com redução do gasto público, para que a gente possa ter a chance de investir nesse país", disse Marina.
"Otimista antes da partida"Mais tarde, após visita ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marina comentou a convicção do presidente Lula, relatada pelo senador José Sarney (PMDB-AP), de que Dilma pode vencer a eleição no primeiro turno.
"Eu prefiro falar do meu esforço. Enquanto alguns já estão otimistas antes de começar a partida, eu prefiro estar me esforçando e treinando para que a gente possa fazer bonito nessas 'olimpíadas democráticas' de 2010", disse a senadora.
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