sábado, 17 de julho de 2010

Semana das Mulheres no Poder


Sábado, 17 de Julho de 2010
Ministra abre Conferência
A ministra Nilcéa Freire, da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), destacou avanços alcançados pelas mulheres nos últimos 15 anos durante a abertura da XI Conferência da Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe (CEPAL), dia 13/07, em Brasília. Afirmou que 39 países já implantaram algum tipo de mecanismo gestor de políticas para as mulheres, incluindo o Brasil, que em 2003 criou a SPM, este ano elevada a status de Ministério, sendo órgão de função essencial à Presidência da República. A ministra também ressaltou a criação de políticas voltadas para a proteção dos direitos das mulheres nos últimos anos, em especial no enfrentamento à violência contra a mulher, como o Pacto Nacional de Combate à Violência contra a Mulher. Em seu pronunciamento, Nilcéa disse que as diferenças entre as mulheres latino-americanas as unem na busca pelo desenvolvimento e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.




Michelle Bachelet
A ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, realizou conferência magna durante a abertura da XI Conferência Regional da Mulher em Brasília. Ela destacou a participação feminina na política, as ações afirmativas para combater a desigualdade de gênero e o empoderamento econômico das mulheres. Bachelet cobrou uma maior participação do Estado na criação de uma plataforma de igualdade entre homens e mulheres, pois segundo ela, a igualdade só acontece ancorada pela democracia e esta deve começar em casa. “Por isso o Estado não pode ser neutro, ao contrário, deve estabelecer sistemas de proteção social. É necessário ter vontade política, atacar as causas e com isso reafirmar o compromisso com a democracia”, enfatizou.




Lançamento de documento
Estudo inédito produzido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) foi lançado durante a XI Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe (CEPAL). O documento: "Que tipo de Estado? Que tipo de igualdade?", supervisionado pela secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcenaé, analisa o progresso da igualdade de gênero na Região depois de 15 anos da aprovação da Plataforma de Ação de Beijing, 10 anos da formulação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e três anos da adoção do Consenso de Quito, na Conferência de 2007. Também são verificadas no estudo as conquistas e os desafios que enfrentam os governos, o mercado, as famílias, as instituições sociais que, em conjunto, estabelecem as condições para renovar ou reproduzir as hierarquias sociais e de gênero.
Acesse o documento completo na seção de “Estudos e Pesquisas” do site http://www.maismulheresnopoderbrasil.com.br//
Que tipo de Estado? Que tipo de igualdade?
ONU Mulheres
Durante a XI Conferência Regional da Mulher esta semana, o UNIFEM apresentou às ministras da América Latina a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, criada no último dia 2/07, pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Reitoras
Como noticiou o jornal “Tribuna do Norte”, pela primeira vez duas mulheres disputam a reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. São as professoras Ângela Cruz e Arlete Araújo, esta última disputando o cargo pela segunda vez.
Homenagem às mulheres na Marinha
A Câmara realizou esta semana sessão solene em homenagem aos 30 anos do ingresso das mulheres na Marinha brasileira. Segundo a Agência Câmara, as mulheres representam cerca de 6% dos integrantes da Marinha, 3.724 mulheres entre oficiais e praças em um efetivo de 61.437 militares. A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), que solicitou a sessão, afirmou que ainda há muito a avançar, mas as mulheres militares já ocupam cargos de direção e vice-direção na Marinha. Lembrou que o ingresso das mulheres na Marinha foi possibilitado pela Lei 6.807/80, que criou o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva para atuar na área técnica e administrativa. "Com essa iniciativa, na década de 80, a Marinha serviu de parâmetro às demais instituições das Forças Armadas". Com a Lei 9.519, de 1997, houve uma reestruturação dos corpos e quadros de oficiais e praças, extinção do Corpo Auxiliar Feminino e permissão para incorporação das mulheres em situação de paridade com os demais militares. Hoje, as militares atuam nas mais diversas áreas, podendo chegar até ao posto de almirante.
Durante a sessão, o deputado Wilson Picler (PDT-PR) destacou que falta às mulheres a possibilidade de incorporar o corpo de combatentes das Forças Armadas brasileiras. Já a deputada Maria Helena (PSB-RR), procuradora especial da Mulher na Câmara, lembrou que as mulheres estavam presentes nas Forças Armadas nacionais, em tempos de guerras e revoluções. Citou os casos de Maria Quitéria, que integrou o batalhão de Periquitos, na Bahia, em 1823, de Ana Vieira, que lutou clandestinamente na Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, além de Anita Garibaldi, que participou da Guerra dos Farrapos.
Desigualdade na Ásia-Pacífico
Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) recomenda aos países da Ásia-Pacífico políticas que promovam avanços nos direitos legais femininos e políticas públicas de apoio ao empoderamento das mulheres e que promovam a voz delas na política, inclusive com a implementação de um sistema de cotas. Segundo o relatório, alcançar a igualdade de gênero é imprescindível para o aumento do desenvolvimento humano para toda a sociedade e central para que os países possam atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Estima-se que a falta de participação feminina na força de trabalho custa US$ 89 bilhões por ano ao território, cerca de R$ 160 bilhões. Apesar de leis que garantem pagamento igualitário a homens e mulheres, elas ainda recebem entre 54% e 90% do que eles ganham, tornando-as mais vulneráveis à pobreza. Também são grandes vítimas de HIV e violência doméstica. Segundo o PNUD, a baixa representatividade de mulheres nas instituições políticas, econômicas e legais de suas nações contribui com a manutenção da desigualdade de gênero. “Muitas decisões políticas ainda são tomadas por homens. E essas decisões, provavelmente, não seriam as que muitas mulheres tomariam”.



Fonte: Site www.maismulheresnopoderbrasil.com.br



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