SÃO PAULO - A dois dias das eleições, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, demonstrou otimismo com a possibilidade de chegar ao segundo turno. Durante entrevista coletiva na capital paulista, ela minimizou as pesquisas de intenção de voto que a colocam em terceiro lugar, ao garantir que vai "conversar programaticamente" com o candidato que não for para o segundo turno.
"Passamos Dilma Rousseff no Distrito Federal, que é um Estado que tem gente de todo lugar do Brasil. Isso sinaliza uma tendência que é muito maior do que a que as pesquisas estão conseguindo alcançar", disse.
Marina, no entanto, afirmou que não assumiria as promessas de campanha do adversário José Serra, de dar 10% de reajuste para aposentados e pensionistas e um salário mínimo de R$ 600. Para ela, o tucano entrou na disputa sem plataforma.
A candidata também não demonstrou preocupação com a perda do apoio do pastor Silas Malafaia, que declarou voto em Serra pelo fato de considerar que Marina tem posições vagas sobre a discussão de temas como aborto, casamento gay e legalização da maconha.
Marina rechaçou as afirmações do pastor, ao declarar que sempre se manifestou contra propostas nesta linha. No entanto, sempre observou que o assunto merecia uma discussão mais ampla com a sociedade e a melhor forma de expressar isso seria através de um plebicito.
Por fim, Marina reclamou das campanhas adversárias que teriam criado "centrais de boatos" para prejudicar umas às outras.
(Fernando Taquari | Valor)
Fonte: O GLOBO
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