segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Notícias » Eleições » Eleições 2010 » Eleições 2010 PV de Minas aproveita onda de Marina e corre atrás de filiados

Juliana Prado
Direto de Belo Horizonte

Na tentativa de capitalizar a onda verde que atraiu simpatizantes em torno da candidatura da senadora Marina Silva (PV) na disputa presidencial no primeiro turno, o PV de Minas realiza na próxima quarta-feira (13) um mutirão de filiação. A intenção é chegar a 2,5 mil filiados, um acréscimo de cerca de 300 novos militantes verdes em Belo Horizonte em relação ao quadro atual.

A investida acontece em meio a um momento de exposição favorável do partido, graças ao bom desempenho da concorrente e seus quase 20 milhões de votos conquistados em todo o Brasil. Apesar de as urnas ainda não terem sido fechadas de vez no primeiro turno, a movimentação em Minas já acontece com vistas à eleição de 2012. "Nossa intenção é criar, desde já, o embrião para a disputa municipal", afirma o dirigente estadual da legenda, Ronaldo Vasconcelos.

Com o capital eleitoral em alta, o PV mineiro acredita que Belo Horizonte possui condições naturais para atrair novos adeptos, pela votação que Marina conseguiu na cidade. Ela surpreendeu ao sair vencedora no primeiro turno, com 40% dos votos, à frente de Dilma Rousseff (PT), que teve 31%, e José Serra (PSDB), com 28%.

Apesar de se abastecer da fonte de Marina Silva, os verdes de Minas Gerais continuam esticando a corda quando o assunto é o apoio a ser dado no segundo turno. A sigla regionalmente opta por Serra e parece querer pagar o preço da dissensão, se a senadora ficar neutra. "Eu acredito que ela vá optar pela neutralidade mesmo. Mas, para o PV, será muito ruim não tomar uma postura. Não tem jeito", defende Vasconcelos.

As afinidades com o tucanato são tantas que o dirigente arrisca uma escala de preferência para se tomar um posicionamento. "Numa ordem, eu diria que a nossa posição é primeiro pelo Serra, depois pela neutralidade e por último, de apoio a Dilma".

Em Minas, como em muitas regiões do Brasil, o Partido Verde tem mais proximidade com o PSDB do que com os petistas. Durante sete anos e três mesJustificares da era Aécio Neves (PSDB), entre 2003 e março de 2010, a sigla rezou na cartilha do então governador, votando seus projetos e apoiando até as iniciativas mais polêmicas. Com o PT, sempre foi mantida uma relação de cordialidade - e também de distância.

Redação Terra

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