sábado, 14 de maio de 2011

Tensão física e emocional afetou sessão na Câmara, diz ministro

BRENO COSTA
DE BRASÍLIA

Responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso, o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) creditou a um "desgaste físico e emocional" as críticas do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), à postura do governo no processo de votação do Código Florestal, que o governo decidiu adiar de última hora, no fim da noite de quarta-feira.

Alves afirmou que o governo "precisa aprender a respeitar a Casa", ao comentar da tribuna da Câmara, de forma exaltada, a mudança de orientação do líder do governo, Candido Vaccarezza (PT-SP), a um requerimento para que a discussão sobre o código fosse retirada de pauta. O líder do PMDB chegou a ameaçar o governo dizendo que o partido não votaria mais nada até que a votação sobre o código fosse concluída.

"É preciso levar em consideração o desgaste físico, emocional, a tensão que o momento acaba levando. Mas, evidentemente, depois de um bom sono, uma boa reflexão, nós precisamos olhar a partir do diálogo que estamos construindo", disse Luiz Sérgio ao comentar as declarações de Eduardo Alves --a sessão de ontem na Câmara começou pela manhã e se estendeu até tarde da noite.

O ministro, que participou do encerramento da 14a Marcha de Prefeitos, negou que o Planalto esteja interferindo em excesso no ritmo do processo de votação do projeto na Câmara. Luiz Sérgio usa como argumento o fato de o projeto sobre o novo Código Florestal ter sido proposto inicialmente pelos parlamentares, e não pelo Executivo.


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